A juíza Bianca Arenhart, que está substituindo o juiz Gebran Neto, é quem indeferiu o pedido para que a participação fosse por videoconferência ou por vídeos gravados previamente. O motivo para seguir o impedimento é por "razões processuais" e por "entender que o partido não tem legitimidade para fazer o pedido em nome do ex-presidente".
Mesmo sem ter finalizado o julgamento do pedido para Lula concorrer às eleições a "ala Lava Jato" do regime já não mais trabalha duro para esconder a coleção de arbitrariedades e tentam a todo custo garantir que Lula fique de fora das propagandas eleitorais e, assim, intervém diretamente no voto de milhões de pessoas e para impedir até mesmo entrevistas por videoconferências. Até mesmo Marcola, líder da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), já pôde conceder entrevistas enquanto preso, com a permissão dessa mesma Justiça que agora "interpreta" a lei de acordo com os interesses políticos em jogo atualmente.
O golpe continua e este é mais um de seus desdobramentos, e é dever da esquerda e dos trabalhadores batalhar contra os avanços da ala mais reacionária do regime que levanta medidas como essas para que tenham as melhores condições a partir das eleições em outubro de escolher o mais adequado plano de ataques aos trabalhadores e ao conjunto da população. E ao contrário de impulsionar uma batalha em defesa do direito da população votar em quem quiser, Lula e o PT seguem de braços entregues à justiça golpista.
É preciso defender incondicionalmente o direito da população de votar em quem ela decidir, e nosso combate ao projeto de Lula e do PT deve ser na disputa política, convencendo cada trabalhador e trabalhadora de que o PT não é alternativa, e não depositando confiança e apoio à justiça burguesa que tem interesses antagônicos aos dos trabalhadores e da população.
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