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PT E A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
Em entrevista, Haddad se disse "contra o aborto" e ignorou a morte de mulheres
Amanda Navarro

Vice de Lula, Fernando Haddad deixou clara sua posição quando o assunto é a vida das mulheres: Haddad se posicionou contrário ao aborto, e por consequência, conivente com as centenas de mulheres mortas por abortos clandestinos no Brasil.

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Fernando Haddad declarou que é contrário à legalização do aborto, segundo site Pleno News. Enquanto disputava a prefeitura de São Paulo, Haddad utilizou um discurso para tentar mascarar que ser contra a legalização do aborto no Brasil é na realidade ser conivente com a morte de centenas de mulheres. "A sociedade tem que diminuir o número de abortos", afirmou Haddad.

Tentando sair pela tangente do debate, Haddad escolhe o caminho "da lei", afirmando que é preciso respeitar a Constituição. "No caso do aborto, eu pessoalmente sou contra. As mulheres enfrentam os desafios da vida de maneira própria. Temos que evoluir, temos que estabelecer políticas públicas oferecendo às mulheres condições de planejar suas vidas."

Totalmente à parte do verdadeiro debate que engloba a legalização, Haddad faz um discurso superficial diante da verdadeira barbárie que é o aborto no Brasil. De fato, é uma questão de Saúde Pública, uma vez que a morte por aborto é a 4ª maior causa de morte materna no Brasil. Mas a solução, que o vice de Lula apresenta é "estabelecer política públicas" para que mulheres planejem suas vidas: a medida que pode de fato, fazer com que mulheres sejam sujeito de suas vidas e escolhas, é não só a legalização, mas também a educação sexual e distribuição de contraceptivos gratuitos.

Mas Haddad não está sozinho quando o assunto é ir contra o direito ao aborto das mulheres: Padre Tom, deputado do PT, foi o autor do PL 5069, junto com Eduardo Cunha, tentou proibir o aborto até nos casos permitidos por lei (risco de vida à mãe, gravidez decorrente de estupro e anencefalia do feto). Em 13 anos de governo petista, as mulheres trabalhadoras morreram por abortos, enquanto o PT negociava suas vidas com a bancada evangélica e fazia acordos com o Vaticano.

E o PT, como lutou pelo direito ao aborto em seus 13 anos de governo?

O Partido dos Trabalhadores (PT) esteve no governo por 13 anos, sendo que parte da trajetória petista na presidência foi percorrida por uma mulher. Além disso, a trajetória petista foi marcada por alianças com partidos burgueses e concessões às pressões da bancada evangélica.

Nas eleições de 2018, o PT divulgou que a chapa será composta por Lula, Haddad e Manuela D’Avilla (PCdoB). O debate sobre a legalização do aborto está em pleno vapor no Brasil e no mundo todo, principalmente no nosso país vizinho: a Argentina. As mulheres argentinas estão inundando as ruas da verdadeira "maré verde". Com seus "pañuelos", exigem nas ruas que o governo aprove a legalização do aborto, para colocar um fim na morte de mulheres por abortos clandestinos.

Leia também: Nos 13 anos de governo do PT milhares de mulheres morreram por abortos clandestinos

Frente à este fenômeno argentino que chegou à outros países da América Latina, no Brasil mulheres se organizam nas ruas para exigir também seu direito de escolha.

Lutar pelo aborto legal, seguro e gratuito nas ruas!

Dia 8 de agosto, as mulheres argentinas estarão novamente tomando as ruas com a maré verde, em luta para conquistar o direito ao aborto legal, seguro e gratuito. Este momento histórico protagonizado por milhares de mulheres e homens, precisa servir de ponto de apoio para que nós brasileiras façamos aqui nossa luta. A conquista da legalização do aborto não se dará, como ficou marcado pelo governo petista, em especial de Dilma, no parlamento. Este direito será conquistado pela mobilização das mulheres nas ruas, organizadas e inspiradas pelas argentinas, lutando pela educação sexual nas escolas, para que nossas jovens possam decidir; lutando para que contraceptivos sejam distribuídos gratuitamente e que assim possamos prevenir; e para que o aborto seja legalizado, como obrigação do Estado, garantido via SUS, para que nenhuma de nós mais morra.

Por isso, é preciso compor esta luta pela legalização do aborto no Brasil, se unificando nas ruas por todo Brasil dia 8 de agosto.

 
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