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LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
CUT e CTB precisam paralisar para trabalhadoras se manifestarem pela legalização do aborto
Marie Castañeda
Estudante de Ciências Sociais na UFRN

O tema do aborto vem ganhando destaque durante esta semana por conta da votação que poderá legalizar o aborto no próximo dia 08 de agosto na Argentina e da audiência da descriminalização que ocorrerá no STF a partir de hoje. A direita e a igreja pela via da CNBB se pronunciam e fazem declarações contrárias ao direito ao aborto, uma realidade que mata 4 mulheres por dia no país.

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Como não poderia deixar de ser, a Igreja obscurantista e os partidos da direita brasileira militam contra este direito elementar das mulheres: devemos nos inspirar no exemplo das mulheres argentinas e arrancar a legalização do aborto nas ruas, sem nenhuma confiança nas instituições do Estado, muito menos no Judiciário que foi pilar do golpe institucional de Temer.

Enquanto isso, as principais centrais sindicais, em especial a CUT e CTB, ligadas ao PT e PC do B, respectivamente, passam absolutamente por fora deste tema e não estão mobilizando nenhuma ação como assembleias, reuniões e plenárias de mulheres nas categorias que estão para colocar o debate do aborto em pauta, nem mesmo há chamado para os diversos atos que terão no dia 08 de agosto no Brasil.

Trata-se da continuidade do papel que cumpriram durante os 13 anos de governo do PT: os governos Lula e Dilma foram um obstáculo à conquista do direito ao aborto, fazendo alianças com a bancada evangélica - que resultou na chegada de Marco Feliciano ao comando da Comissão de Direitos Humanos - com os partidos da direita (o chamado Centrão, que odeia as mulheres), e com a Igreja Católica, a partir do acordo "Brasil-Vaticano" assinado por Lula em 2009. Esse silêncio da CUT e da CTB, que dirigem as maiores organizações de massas dos trabalhadores, é um auxilio prestado pela burocracia sindical àqueles que querem destruir nossos direitos.

Exigimos que a CUT e a CTB paralisem os locais de trabalho, fábricas, empresas, universidades e serviços, neste dia 8 de agosto, para que as mulheres trabalhadoras possam participar do ato em Natal pela legalização do aborto, em solidariedade com as mulheres argentinas. Se as argentinas triunfam, podemos ganhar enorme impulso para a legalização do aborto no Brasil.

Uma exigência simples como essa obriga as centrais sindicais a responderem: estão ao lado das mulheres brasileiras e seus direitos, ou não? Precisamos da maior força nas ruas para mostrar que podemos arrancar o direito ao aborto legal, seguro e gratuito, também aqui no Brasil.

 
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