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LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
Complicações de abortos clandestinos custaram R$ 500 milhões ao SUS em dez anos
Alessandra

As complicações de mulheres internadas por aborto geraram um custo para o SUS de R$ 486 milhões em uma década, de 2008 a 2017, conforme dados divulgados pelo relatório do Ministério da Saúde

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Publicados recentemente no jornal A Folha de São Paulo, dados do Ministério da Saúde serão encaminhados para audiência pública que pretende discutir a descriminalização do aborto até a 12 ª semana de gestação, a ADPF 422, nos dias 3 e 6 de agosto.

Os dados referentes às mortes de mulheres por complicações tendem a ser subestimados, aponta-se uma média de 262 por ano no Brasil, mas deve haver ainda mais, já que infecções generalizadas ou peritonites podem não registrar a relação com a complicação relacionada ao aborto, também se estima que cerca de 15 mil mulheres são internadas por pelo menos 4 dias, das quais 5 mil com complicações graves.

No Brasil os recursos para a saúde são escassos, ainda menores depois da aprovação da PEC do teto de gastos pelo governo golpista de Temer, sendo que os custos envolvidos no tratamento das complicações de um aborto inseguro sobrecarregam e oneram o SUS, pois se necessita de bolsa de sangue, remédios, leito de UTI e centro cirúrgico, exames de acompanhamento. Há ainda os custos relacionados ao tratamento psicológico, através de terapia e até mesmo antidepressivos, tendo em vista o trauma do procedimento para a mulher pode haver o surgimento de transtornos como a depressão, cujo tratamento acaba sendo realizado em clínicas particulares, quando se tem condições. Compreende-se que os custos econômicos indiretos decorrentes do aborto inseguro sobre o sistema de saúde de um país vão além dos custos diretos para se oferecer cuidados médicos após o procedimento.

É necessário que se coloque forças no ato do dia 8 de agosto pela legalização do aborto, sem nenhuma confiança no STF e no Congresso Nacional, assim como o movimento de mulheres vem realizando fortemente na Argentina, a maré verde. E fundamental ainda discutirmos nos locais de trabalho e de estudo a importância da educação sexual para decidir, contraceptivos de qualidade para prevenir e do aborto legal, seguro e gratuito para não morrer.

 
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