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PRIVILÉGIO
De 21 a 34 mil reais são gastos com pensão para filhas de falecidos servidores do STF
Maré
Professora designada na rede estadual de MG

São gastos cerca de R$89 mil com pensões para apenas 3 filhas de membros falecidos do STF, enquanto o governo golpista quer restringir o direito dos trabalhadores de se aposentar com a Reforma da Previdência.

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Algumas dessas mulheres, adultas e plenamente capazes de trabalhar, chegaram a ter suspensa a pensão de aproximadamente oito vezes o valor de um salário mínimo proposto pelo DIEESE, mas recuperaram, por vias judiciais, o direito a receber. Enquanto isso, não só com a conivência, mas com o apoio ativo do judiciário brasileiro, as mulheres trabalhadoras enfrentam salários cada vez menores e condições de trabalho cada vez mais precárias.

Maria Lúcia Rangel de Alckmin, Maria Ayla Furtado de Vasconcelos, filhas do ex ministro do STF, e Marília Souza Barros, filha de uma ex-segundo-tenente do exército, são pensionistas do STF que juntas custam R$89 mil por mês aos cofres públicos.

A pensionista Alckmin, arquiteta e professora na Universidade Mackenzie, há 30 anos recebe o equivalente ao já absurdo super salário de um ministro do tribunal na condição de "filha solteira maior". Na idade de Maria Lúcia, 74 anos, as mulheres que trabalham por toda vida tentam viver com uma pensão do INSS quando conseguem acessar esse direito.

O ministro do STF, Edson Fachin, golpista e relator da Lava-Jato, foi quem restituiu Maria Lúcia (e beneficiou mais dezenas de pensionistas do STF) de sua pensão exorbitante, que tinha sido suspensa porque a arquiteta tem mais de 21 anos e fonte de renda própria.

Não bastasse o judiciário ser uma casta repleta de privilégios - como bolsa mansão, bolsa terno, bolsa avião. Os gastos inaceitáveis do dinheiro público não são apenas esses "servidores do Estado", que na verdade servem aos imperialistas e grandes capitalistas nacionais, mas também com seus "dependentes". Esse mesmo judiciário, desde o golpe de 2016, legisla sobre a vida da grande maioria da população, sendo o braço direito de Temer, para passar as reformas como a PEC do teto de gastos em saúde e educação e a reforma da previdência.

A terceirização irrestrita, que atinge sobretudo as mulheres negras, também faz parte do pacote de ataques implementados por Temer desde o golpe, com aval do judiciário. As trabalhadoras terceirizadas são o setor mais precário. a próxima reforma dessa agenda é a reforma da previdência, que está nos planos dos candidatos à presidência que se localizam desde a direita até o "centro" ou a "esquerda", como o próprio PT já anunciou. Isso tudo para seguir pagando o saque que é a dívida pública e garantir que os capitalistas saiam impunes dessa crise que eles mesmos criaram.

É preciso denunciar os ataques e as reformas, os privilégios dos políticos e juízes - que deveriam ser revogáveis e ganhar como uma professora - e o pagamento da Dívida Pública, colocando a necessidade da revogação da reforma trabalhista e da lei da terceirização. É absurdo que a precarização seja a norma para a maioria das mulheres, enquanto algumas desfrutam de seus altíssimos salários e pensões.

 
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