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CAMPINAS
Emprego formal cai e aumenta o ataque aos trabalhadores em Campinas
Redação

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados de junho de 2018 mostra uma queda nos postos de trabalho formal a nível nacional. Os dados evidenciam o aumento do desemprego e os efeitos da Reforma Trabalhista aprovada pelo governo de Temer, ambos fatores são sentidos amplamente pelos trabalhadores de Campinas e região.

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O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) é o órgão do Ministério do Trabalho que registra permanentemente os dados relativos ao emprego e desemprego da população brasileira. Os seus dados apresentados sobre o mês de junho de 2018 revelou uma importante queda no emprego formal, contrariando as expectativas do setor de crescimento.

Fonte: CAGED junho 2018

Os dados do CAGED mostram que os setores mais afetados foram aqueles que trabalhavam na Indústria, Comércio e Administração Pública, que juntos eliminaram mais de 2.700 postos de trabalho em todo o país, sendo que sozinha Campinas eliminou mais de 900 destes empregos. Um dado alarmante que revela como as medidas dos grandes capitalistas e do governo para responder à crise estão afetando brutalmente os trabalhadores da cidade.

Na região de Campinas esse processo começou há mais de dois anos e veio se aprofundando, com exemplos como a demissão de cerca de 2.000 operários da multinacional Mabe, que responderam às medidas fraudulentas da patronal com ocupação das plantas das fábricas. Ou ainda a demissão de 130 trabalhadores da gigante Unilever, que foram parte dos primeiros a sofrer os ataques da Reforma Trabalhista, que garante demissões massivas para novas contratações com salários rebaixados e condições de trabalho mais precárias, se aproveitando também da terceirização.

Se já são absurdos estes dados do CAGED, ficam ainda piores se consideramos o fato de que o trabalho formal não é em si uma garantia estabilidade e segurança, já que podem ser terceirizados e temporários, a despeito de contarem com registro em Carteira. Recentemente o IBGE apontou que mais de 20% dos trabalhos formais no país são terceirizados, bem como a estimativa de que aumente esse cenário no próximo período. Esse fato se deve em primeiro lugar por conta da Reforma Trabalhista, medida aprovada pelo governo golpista de Michel Temer com o aval do Congresso Nacional e do Judiciário para tranquilizar os grandes empresários nacionais e internacionais. A medida é parte do pacote de ataques aos trabalhadores e à juventude que estes setores parasitários levam adiante, através das já aprovadas Lei da terceirização irrestrita, Emenda do teto de gastos públicos e Reforma do Ensino Médio. E ainda somam esforços para aprovar também a Reforma da Previdência, uma soma de ataques profundos que tem por objetivo manter os lucros dos capitalistas em tempos de crise, massacrando as condições de vida dos trabalhadores e garantir o sistemático pagamento de imensos lucros para as mega empresas detentoras da dívida pública.

Enquanto os governos buscam tranquilizar os grandes empresários, sobretudo em ano eleitoral, fazem com que sejam os trabalhadores e o povo pobre a pagar pela crise. O governo de Jonas Donizette em Campinas, ao longo do ano deu grandes mostras disso, sempre favorecendo OSs corruptas que destroem a saúde, como a Vitale, a máfia dos transportes da Transurc, ou as grandes empresas que lucram com os serviços que deveriam ser totalmente públicos, mas não são, como a SANASA faz com o saneamento e a CPFL com a energia. Também não faltou isenção de imposto para os grandes empresário e privatizações, enquanto os trabalhadores do serviço público municipal sofrem com a terceirização e atraso nos salários. Assim campinas segue a cartilha do estado brasileiro, que se esforça ao máximo para garantir o verdadeiro saque das riquezas nacionais feito pelo países imperialistas através do pagamento da fraudulenta, ilegal e ilegítima dívida pública, que arranca mais de 6% do PIB anual e só aumenta.

Uma resposta efetiva ao problema do desemprego só pode passar pela anulação da Reforma Trabalhista e da Lei da terceirização, bem como a repartição das horas de trabalho entre toda a mão de obra disponível. Com essa divisão das horas de trabalho, sem redução dos salários, todos poderiam trabalhar e por menos horas. Junto com essa medida a efetivação assegura direitos iguais para efetivos e temporários. Isso combinado ao não pagamento da dívida pública que é ilegal, ilegítima e fraudulenta, garantindo que esse dinheiro (mais de um trilhão de reais) seja investido nos serviços públicos para os trabalhadores e a população pobre.

 
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