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Protestos param o Haiti contra o aumento no preço de combustíveis
Redação

Estão ocorrendo intensos protestos no Haiti nos últimos dias. As manifestações começaram após o anúncio do aumento do preço de gasolina, diesel e querosene entre 38% e 51%. A medida veio após acordo firmado entre o governo e o FMI, que exige retirada de subsídios e privatização em troca de “ajuda” financeira.

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Foto: Hector Retamal/AFP/CP

Na sexta-feira (06) o governo haitiano anunciou o aumento de 38% no preço da gasolina, 47% no preço do diesel e 51% no preço do querosene. A medida acarretaria uma grande alta no custo dos transportes e nos alimentos, além do aumento do querosene, que é utilizado para iluminar casas e também para cozinhar, já que o fornecimento de gás e energia no país é extremamente restrito. Muitas manifestações ocorreram e estão ocorrendo em repúdio ao anúncio, parando Porto Príncipe, a capital do país, e muitas outras cidades.

São barricadas com pneus queimados nas ruas, incêndios e enfrentamentos com a polícia. A Polícia Nacional do Haiti chegou a ficar no quartel dado à dimensão e falta de controle das multidões que tomaram as ruas. Vôos aéreos foram cancelados, e até ontem foram confirmadas três mortes e dezenas de feridos.

No dia seguinte após o anúncio e os protestos, o primeiro-ministro Jack Guy Lafontant suspendeu temporariamente o aumento dos combustíveis, no entanto, as manifestações continuam exigindo a suspensão definitiva do aumento e também a renuncia do presidente, Jovenel Moise, do partido de direita Partido HaitianoTèk Kale.

A medida veio a partir de um acordo assinado em fevereiro entre o presidente e o FMI (Fundo Monetário Internacional), que visa diminuir os subsídios para os combustíveis e uma série de outras medidas, como a privatização da EDH, empresa estatal de energia. Em troca, o FMI promete financiamento.

O FMI pressiona por cortes para saquear a já dependente economia haitiana e aprofundar a miséria na vida da população, chantageando com suposta ajuda financeira. Contra essas medidas, o comitê de coordenação das manifestações anunciou uma greve geral para os dias 9 e 10, e as manifestações e raiva popular seguem.

 
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