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VIDAS NEGRAS IMPORTAM
Ato contra o assassinato de Marcos Vinicius em SP tem repressão policial e mãe é detida
Redação

A manifestação foi organizada por mães de escola pública da cidade de SP contra o genocídio de crianças e jovens negros e periféricos, contra o governo golpista de Temer e pelo fim da PM assassina que a cada dia mostra seu perfil racista e classista.

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"O sistema vai modelar matéria-prima sem valor pra polícia desfigurar". Frase do rapper Eduardo Taddeo explicita bem a fantástica fábrica de cadáver do Estado burguês brasileiro que faz todo dia mães chorarem pelo fim trágico dos seus filhos.

A dor foi transformada em mobilizacão, e em solidariedade à Bruna Silva - mãe do garoto Marcus Vinicius, assassinado pela polícia no Complexo da Maré no RJ na semana passada -, foi realizada ontem, em frente ao MASP, uma grande manifestação, que, mais uma vez, foi brutalmente reprimida pela polícia.

Uma das centenas de mães presentes no ato, Stella Avallone, de 34 anos, foi detida por repudiar o assédio de um policial que mandava beijos para ela. Com a cínica acusação de "desacato à autoridade", foi levada à 78° DP e segundo a mesma tendo sofrido constrangimento ao passar por uma revista vexatória dentro da delegacia. Segundo relatos dos manifestantes, durante todo o ato, os PMs provocaram gritando "Bolsonaro presidente" e frases machistas como "buceta de ouro" após somente uma mulher grávida ter sido liberada do bloqueio realizado pelas manifestantes.

Veja cena absurda da ação policial em ato contra a morte de Marcos Vinicius:

Fonte: Ponte Jornalismo

O estudo que resultou no "Atlas da Violência 2017" demonstra que jovens e negros são as principais vítimas de mortes violentas. De cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. Esses dados revelam o recorte racista e classista do Estado capitalista, que se apoia no seu braço armado da polícia e do exército para condenar à morte a população da periferia.

Após o início da Intervenção Federal no Rio de Janeiro, comandada pelo governo golpista de Temer e seus aliados, mais de 30 mil soldados foram colocados nas ruas cariocas, a taxa de homocídios aumentou 17,3%, denunciando ainda mais o terror instalado que afeta diretamente a população das favelas cariocas.

As vidas de nossos jovens negros, pobres e periféricos importam, é preciso seguir lutando contra a violência generalizada aplicada pelo Estado utilizando todo seu aparato repressivo, como polícia e exército. Somente com o fim da polícias, da intervenção federal e do encarceramento em massa do povo pobre e negro, de fato irá ter fim casos atrozes como Marielle, Anderson, Amarildo, Cláudia e o jovem Marcos Vinícius.

 
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