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GREVE PROFESSORES SP
Governo Alckmin, derrotado no tribunal, diz que vai pagar dias da greve
Márcio Barbio

Depois de uma dura batalha judicial, amplamente divulgada em nosso site, tudo indica que o Geraldo Alckmin vai finalmente pagar os dias que restam da greve dos professores da rede estadual de São Paulo.

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O mesmo governador que declarou, no caso do Pinheirinho em São Jose dos Campos, que “determinação judicial se cumpre e não se discute”, está há mais de um mês enrolando para pagar os dias ilegalmente descontados em nossa greve. A obrigação para o pagamento dos salários já foi determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e pelo Superior Tribunal Federal, a mais alta Corte Judicial de nosso país.

Mais uma vez o governador Alckmin se encontra fora da lei. Se fosse um professor que desrespeitasse uma determinação judicial, estaria, com certeza, respondendo a processo administrativo, como é comum nas administrações tucanas. Mas a justiça que, no discurso é cega, “enxerga” muito bem quem vai punir e quem não vai.

O governo primeiro tentou manobras judiciais, depois pagou somente parte dos dias. Hoje declarou que no dia 24 de agosto realizará o pagamento dos dias de greve que ainda não foram pagos.

O governo tenta de todo modo manobrar a decisão judicial, pois isso significaria uma derrota importante para o seu projeto de atacar a educação. Infelizmente, se transformou em uma “infeliz tradição” o corte de salários dos professores no estado de São Paulo, em grande medida por responsabilidade da direção petista da APEOESP, que nunca levantou uma luta séria contra o corte dos salários.

Como temos denunciado em varias ocasiões, a direção majoritária de nosso sindicato (chapa 1 - CUT e CTB), não preparou a entrada na greve, durante a própria greve nunca tiveram uma estratégia para que ela fosse vitoriosa, e igualmente propôs uma saída de forma totalmente desorganizada.

Após o fim da greve, a presidenta da APEOESP, Maria Isabel de Azevedo Noronha, em uma reunião na Secretaria Estadual de Educação, já com a categoria desmobilizada, negociou o que em suas palavras, fora um grande acordo de reposição, onde os Conselhos de Escolas aprovariam a quantidade de dias e como esses seriam repostos. Isso foi uma traição à categoria, deixando a vanguarda a mercê de cada direção de escola, e exposta a todo tipo de pressão e assédio moral. Todos sabemos que em sua maior parte esses Conselhos de Escola nada mais fazem do legitimar as decisões das direções das escolas.

Os professores precisam ficar atentos para a continuidade das ações ilegais do governo do estado. Não descartamos que Alckmin possa tentar no fim do ano, quando terminar o período possível de reposição, descontar mais uma vez as aulas não repostas, literalmente dando com uma mão e tirando com a outra.

Nesse sentido, é necessário iniciar imediatamente uma campanha por direito de reposição integral das aulas e de não desconto das que não puderem ser repostas. Ao mesmo tempo, lembramos que já estamos quase no meio de agosto e que até agora Herman, contrariando o que disse em 92 dias de greve, não apresentou nenhuma proposta de reajuste, isso em um ano em que a inflação chegará à casa dos 10%.

 
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