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GREVE DA USP
“Pelo direito de greve, exigimos o pagamento dos dias de 2016” diz Pablito trabalhador da USP
Redação

Nessa quinta-feira a greve da USP passa por um dia central, onde ocorre a negociação da pauta específica dos trabalhadores com a reitoria. Dentre as pautas um tema fundamental é o direito de greve dos trabalhadores, sendo garantido que não haja cortes de pontos como ocorreu na greve de 2016, com a greve atual a reitoria anunciou a possibilidade de negociação do pagamento dos dias desta greve e a reposição do salário da de 2016. O que seria uma importante conquista da categoria.

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Os trabalhadores tem o direito de usar seus métodos de luta para garantir direitos e resistir a ataques, contudo muitas vezes esse direito é atacado pelos governos e patronais através de assédios e ameaças de punição e corte de ponto. Garantir o pagamento do salário nos dias de greve é uma pauta fundamental para defender o direito de greve dos trabalhadores, Marcelo Pablito trabalhador do bandejão da USP falou ao Esquerda Diário, “O desconto dos dias parados é um ataque explícito ao direito de greve como meio da reitoria, do governo e dos patrões de tentar minimizar e impedir a resistência e organização dos trabalhadores, tanto contra os ajustes que o governo federal vem fazendo, mas também na universidade. A reitoria e o governo de Alckmin e França tem implementado seu plano de desmonte com avanço da terceirização e precarização do trabalho, ameaçando desvincular o hospital, arrocho salarial, ataques à permanência dos estudantes, de modo que a greve é um instrumento legítimo e necessário para impedir que isso aconteça”.

É ainda mais escandalosa a medida de corte de ponto sabendo que há poucos dias foi aprovado a elevação do teto salarial dos altos cargos do Estado, inclusive da burocracia acadêmica, que pode ter salários que cheguem a mais de 30 mil reais, enquanto um terceirizado da limpeza ganha um salário mínimo. Esse contraste mostra o caráter de classe da reitoria que comanda a Universidade hoje, e que pretende atacar os trabalhadores que justamente lutam por uma USP a serviço da população mais pobre e dos trabalhadores, inclusive colocando a necessidade de incorporar todos os terceirizados ao quadro efetivo sem necessidade de concurso.

Essa luta é contra o Conselho Universitário e a Reitoria, Pablito disse “ Nós não esquecemos do descontos de 2016, e nem vamos permitir que passe em branco ou se repita. Depois de mais de 2 anos que a reitoria descontou de maneira completamente arbitrária e ilegal o pagamento de 68 dias de trabalho de centenas de trabalhadores que lutavam em defesa da educação e da universidade, violando o direito de greve, em meio a greve dos trabalhadores da USP desse ano, a reitoria anunciou a possiblidade de negociação do pagamento dos dias da greve atual e a reposição do salário das greves de 2016, e nós vamos arrancar a todo custo esses dias”.

 
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