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ESTADUAIS PAULISTAS
PSDB, Márcio França e Folha em sintonia para atacar os trabalhadores das universidades
Yuri Capadócia
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Em seu editorial desta segunda-feira (11) a Folha de São Paulo atacou o funcionalismo público por ter conseguido um aumento do teto salarial aos servidores paulistas. Bem diferente de nossa posição a respeito da aprovação dessa medida, que consistia em contrapor o aumento abusivo para uma casta burocrática privilegiada no mesmo momento em que diversos setores do funcionalismo tem suas reivindicações salariais negadas, em base a uma justificativa de falta de recursos; o editorial parte de uma pressuposição de que toda mobilização de reivindicação dos trabalhadores, é uma "ação predatória do corporativismo".

Nenhuma novidade nesse posicionamento por parte desse jornal que sempre defendeu a mais nociva política de austeridade sob os trabalhadores, e principalmente sob os servidores públicos. Seja na campanha pela reforma da previdência, onde foram vários os editorias atacando o funcionalismo público, taxando-os de uma classe privilegiada e os responsabilizando diretamente pelo suposto déficit da previdência; seja na reivindicação da reforma trabalhista, em que para dividir a classe trabalhadora, contrapunham os pequenos benefícios dos funcionários públicos, como estabilidade e uma media salarial maior, frente a despudorada exploração capitalista da livre iniciativa.

Enquanto se contrapõe frontalmente aos interesses dos trabalhadores e servidores públicos, a Folha de São Paulo sempre se alinhou em seus interesses com Temer, Alckmin, e agora Marcio França, para avançar sobre os direitos dos servidores e nas privatizações. Em seus editoriais a Folha de São Paulo nunca disfarçou seu desejo de privatizar as estaduais paulistas, por exemplo, e por detrás desse ataque ao funcionalismo público está justamente essa sanha de atacar os serviços públicos e defender sua entrega integral a setores privados. Enquanto ataca esse aumento em benefício de uma casta de servidores, não diz nenhuma palavra sobre a situação dos demais setores do funcionalismo, da base que compõe o grosso de sua composição, como nas estaduais paulistas em que enquanto o reitor e a burocracia acadêmica, poderão aumentar seu salário de 20 mil para cerca de 31 mil reais, a reitoria está fazendo "um esforço" para dar o aumento de ínfimos 1,5% ao restante dos funcionários.

Em sua denúncia do "Conchavo de Elite", título do editorial, o periódico esqueceu de incluir-se nesse conchavo, afinal esteve junto com Alckmin e Márcio França e a casta privilegiada, quando reivindicou, por exemplo na USP, planos como o PEC do Fim da USP, que levou ao fechamento de creches, terceirização no bandejão, fechamento de postos do Hospital Universitário, pronto socorros, num grande prejuízo ao atendimento à população. Se no texto ela faz menção de interesses "predatórios corporativos", ela apaga os seus próprios interesses de classe que se alinham aos interesses de Temer, Alckmin e Marcio França e se contrapõe aos interesses dos trabalhadores e servidores públicos, para atacar os serviços públicos e avançar na sua privatização.

 
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