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GREVE NA USP
USP: em assembleias de cursos estudantes decidem se entrarão em greve
Lucas Barreto

O dia conta com a realização de assembleia em diversos cursos da USP para aprovar se entram em greve ou não. Motivos não faltam para que os estudantes se mobilizem. O que falta são as direções do movimento estudantil como o DCE (juventude do PT, UJS e Levante Popular da Juventude) impulsionar esse luta pra massificar e colocar os estudantes junto aos trabalhadores e professores, pois só assim teremos uma grande vitória nas nossas pautas.

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Hoje, 4, vão ocorrer assembleias em diversos cursos na USP. Na última assembleia geral de estudantes foi deliberado greve com início para o dia 29/05, acompanhando a Adusp e seguindo a deliberação tirada pelo Fórum da Seis. Hoje, as assembleias de curso vão referendar, ou não, a deliberação da assembleia geral. O Sintusp, Sindicato dos Trabalhadores da USP, também está em luta e realizou uma paralisação no dia 29, e estão com indicativo de greve que será votado em assembleia nesta terça-feira.

Cada vez mais se mostra necessária uma forte greve dos três setores da universidade, definindo com muita clareza nossas pautas e unificando-as. As assembleias de curso hoje precisam estar alinhadas aos professores, já em greve, e mostrar disposição de luta para os trabalhadores, para que eles vejam que os estudantes vão se somar nesta batalha.

É necessário que o DCE e os CAs impulsionem a luta dos estudantes e junto impulsionem as pautas que devem ser levadas para a burocracia universitária, como a abertura do livro de todas as contas da universidade. A USP fala que estava em uma crise financeira, mas nunca apresentou publicamente as suas contas para que todos os setores da universidade pudessem ver a quantia de dinheiro que entra na universidade, e o quanto é gasto com cada coisa. Por que escondem?!

Em greves anteriores, vazaram documentos de altos cargos da burocracia universitária recebendo auxílio moradia, onde a USP gastava milhares do dinheiro público, além dos já escandalosos super-salários que esses membros da burocracia universitária já recebem, como pode ser visto aqui.

Por esses motivos, temos que exigir a abertura do livro de contas para que possamos identificar todos estes privilégios e assim garantir bolsas para toda demanda, além da aplicação dos 48 milhões que foram enviados para USP reerguer o HU (Hospital Universitário), temos exigir que esse dinheiro seja aplicado de fato no hospital que atende grande parte da região da zona oeste e permitir assim que ele volte a cumprir sua função de atender as milhares de pessoas que o utilizavam todos os dias.

Junto com os professores e trabalhadores, é necessário que os estudantes neguem a proposta do Cruesp de 1,5% de reajuste salarial, salário este que sofre um arrocho há 4 anos.

A precarização dos postos de trabalhos e as demissões afetaram não só aos trabalhadores mas também aos estudantes, sobrando poucos trabalhadores para cada função e muito trabalho, o que torna tudo mais lento e burocrático para os estudantes, para além - óbvio - de oferecer piores condições de trabalho aos trabalhadores que mantêm a universidade funcionando sob péssimas condições todos os dias.
A falta de professores também está chegando a patamares antes vistos antes na USP.

O curso de Letras é um dos mais afetados com diversas matérias que estão sem professor. Os estudantes devem defender a educação pública, verdadeiramente gratuita e que seja de fato para todos (o que só começaria a ser levado a sério com o fim do vestibular), que seja contra a precarização do ensino e trabalho na universidade e defender contratação de mais professores e funcionários.

Motivos não faltam para que os estudantes se mobilizem. O que falta são as direções do movimento estudantil como o DCE (juventude do PT, UJS e Levante Popular da Juventude) impulsionar esse luta pra massificar e colocar os estudantes junto aos trabalhadores e professores, pois só assim teremos uma grande vitória nas nossas pautas. Sem vanguardismos, é possível enxergar que a situação do país não está fechada para que novas vitórias venham a acontecer, assim como houve quando os professores do município em São Paulo fizeram Doria recuar com sua proposta de reforma da previdência "fatiada".
É possível fazer Alckmin recuar se a unidade e a articulação entre as três categorias estiver em nosso norte.

 
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