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ESCOLAS PARTICULARES
Estudantes de colégios particulares aprovam paralisações em apoio aos professores
Rafael Barros
Alex Delouya

Em apoio a luta dos professores contra a implementação da reforma trabalhista nas escolas privadas, desde ontem estudantes se reuniram em assembléia em seus colégios para votar paralisações estudantis.

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Como já publicamos aqui no Esquerda Diário, amanhã (23) diversos colégios particulares de São Paulo suspenderão suas atividades devido à paralisação dos professores aprovada em assembléia do sindicato (SINPRO- SP) sábado passado (19).

Até o começo deste ano, os professores da rede particular tinham uma convenção coletiva que firmava os diversos direitos da categoria, como recesso de 30 dias, direito de bolsas para filhos de professores e funcionários, impedimento de demissão no meio do semestre letivo, etc. A convenção, que estava em voga há 14 anos, é estabelecida bianualmente, após negociações envolvendo os sindicatos representantes dos mantenedores e dos professores das escolas particulares de São Paulo (SIEESP e SINPRO, respectivamente).
Em fevereiro deste ano, ao encerrar-se a vigência da última convenção, iniciaram-se as negociações dos dois sindicatos, que foram interrompidas devido às divergências entre eles. Devido à isso, o processo foi encaminhado para o Tribunal Regional do Trabalho, cuja audiência foi realizada no dia 17/05. Nela, novamente não se chegou em acordo, uma vez que o sindicato patronal se retirou da mesa de negociações, afirmando que cada escola deve estabelecer suas relações de contrato com seus funcionários. Tal afirmativa, assim como todo o processo de ataque dos patrões, representam uma ofensiva após a Reforma Trabalhista aplicada pelo governo Temer, na qual vale-se mais o “acordado” sobre o legislado.

Em meio a tais ataques, mais de 30 escolas deverão paralisar amanhã algumas, inclusive, sem respaldo de sua direção, mas em muitas, com apoio da comunidade de pais e alunos. Entre ontem (21) e hoje, estudantes da Escola da Vila, do Colégio Oswald de Andrade, do Equipe, Giordano Bruno realizaram assembléias pautando o apoio à paralisação de seus professores, e tiraram eles mesmos, paralisação dos estudantes no dia de amanhã. Para além disso, piquetes e ações na frente de diferentes escolas deverão ser realizados e todos os que apoiam a luta estão convidados a somar.

Para a categoria dos professores, o dia é de mobilização intensa contra os ataques dos patrões. Para além das ações na frente das escolas, haverão diversas aulas públicas ao longo da manhã em diferentes locais da cidade (7h30 - Praça Elis Regina, 10h - Largo da Batata, 10h30 - Largo Santa Cecília), além de assembleia com indicativo de greve no SinPro às 14h e ato centralizado às 16h no Vão do Masp.

A luta dos professores em defesa da convenção coletiva é essencial, e todo o apoio das famílias, demais funcionários e estudantes é fundamental. A unidade levada à frente por diferentes coletivos estudantis para combater diversas formas de repressão institucional contra os professores representa um fortíssimo avanço na luta. É necessário que se combatam fortemente os ataques dos patrões da SIEESP e ABEPAR, verdadeiros barões inimigos da educação no país. Em verdade, a unidade de todos os trabalhadores da educação somados aos estudantes e pais se faz crucial para deter o avanço das novas formas de contrato, legitimadas pela implementação da Reforma Trabalhista.

 
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