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MASCARA CAINDO -
Em entrevista, Ciro mostrou mais sua cara e diz que seu governo teria porta aberta ao PSDB
Redação

Após cotar o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, golpista declarado, como seu possível candidato a vice, agora Ciro Gomes declara "portas abertas" aos também golpistas do PSDB.

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Ciro Gomes, presidenciável pelo PDT, em entrevista ao SBT nesta segunda feira, afirmou que sendo eleito irá revogar as duas maiores medidas do governo golpista de Temer (Reforma Trabalhista e EC 95 conhecida como PEC 55). Ciro também caracterizou Bolsonaro como “fascistoide”, fazendo promessas de revogação de reformas e planos para baixar os juros dos bancos. Ainda diz que caso seja preciso fazer uma reforma na previdência que essa deva dialogar com os trabalhadores.

Ciro Gomes coloca um discurso que pode até parecer progressista a primeira vista, mas é importante colocar as contradições que carrega seu discurso, também camuflado pelos malabarismos dos “sociólogos” da blogosfera “progre” onde alguns chegam a classifica-lo como centro-esquerda e até de esquerda, conforme os ecléticos mais afoitos. Apresenta um leque de promessas para dialogar com o espaço eleitoral do lulismo mas sem saídas reais porém também reivindica acordos com políticos e empresários golpistas.

Nesta entrevista, ainda afirmou que quer manter a porta aberta para a participação do PSDB em seu governo, se eleito. Exatamente o partido que foi e segue sendo um dos alicerceies do golpe e das reformas antioperárias de Temer.

Ora, primeiramente, como Ciro Gomes pretende revogar as medidas do golpe sem questionar as políticas integrantes e os partidos que as implementaram? Como pretende, em acordo com empresários e partidos golpistas, reverter as medidas implementadas por estes mesmos? O discurso de Ciro Gomes, além de suas várias contradições, também não passa nem perto de apontar que um dos principais problemas políticos e econômicos do país que é a submissão ao imperialismo. Como poderá então baixar os juros dos bancos?

Quando fala sobre a reforma da previdência, diz que primeiramente fará uma “análise da necessidade da reforma” e que caso seja necessário a fará de forma mais “amena”, questionando a previdência de setores privilegiados da sociedade, como juízes e políticos. Mais uma vez seu discurso se contradiz. A reforma da previdência é considerada a mãe das reformas não a toa, e sua necessidade além de muito questionável coloca em cheque a possibilidade de em algum momento da vida a classe trabalhadora poder “descansar”.

Ciro Gomes também é um dos candidatos dos ajustes. Essa falácia de questionar privilégios não se aplica em aliança com o PSDB e muito menos em acordo com políticos e empresários. Como parte das recentes aproximações de Ciro Gomes, o presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional),Benjamin Steinbruch, é cotado para entrar como vice. O mesmo que defendeu em vídeo o fim da hora de almoço do trabalhador.

Mas também é importante reafirmar que o PDT é um partido declaradamente burguês, que apesar de se colocar junto a alguns partidos tidos de esquerda com o “Manifesto Unidade para Reconstruir o Brasil”, a pratica defende um plano desenvolvimentista que além de demagógico política e economicamente, propõe a conciliação de classes, com ajustes que favoreçam o fortalecimento da burguesia nacional e com ataques maquiados contra a classe trabalhadora.

 
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