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PARALISAÇÃO NA USP
Dia de luta na USP: paralisação dos três setores, mas e os cursos de saúde?
Rafaella Lafraia
São Paulo
Sophia Rabelo

Hoje (17), trabalhadores e professores da USP paralisaram contra a precarização da Universidade e demandas salariais. Alunos da Saúde Pública presta apoio à esta importantíssima luta.

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Hoje (17), funcionários e professores da Universidade de São Paulo (USP) realizaram uma paralisação. Essas categorias lutam por demanda salarial, mas também contra a precarização do ensino e da universidade tida com a modelo da América Latina e que, por isso, vem servindo de palco para demostrar a força dos governos tucanos em aplicar os ataques, para assim poderem ser a forte aposta eleitoral brasileira do imperialismo, como um governo duro e privatizante.

Como na maioria das paralisações e greves, diversos cursos votaram pela incorporação à paralisação dos funcionários da USP. Obviamente levando também as demandas da juventude universitária, como a permanência estudantil na universidade, mas ligada a luta dos trabalhadores, tomando o exemplo de maio de 68, para serem caixa de ressonância, para colocar a universidade a serviço da população trabalhadora e mais pobre, para que todos possam estudar na USP e tenham acesso aos seus conhecimentos.

Em diversos cursos, os alunos deliberaram em assembleias dos cursos a utilização do método histórico de luta: piquete! Usando das cadeiras, fizeram barreiras físicas nas entradas dos prédios para impedir que os “pelegos” – fura greve – diminuíssem a força da luta.

Cadeiraço nas Ciências Sociais da USP

Cadeiraço na Faculdade de Letras da USP

Cadeiraço na Faculdade de Educação da USP

Retomando as demandas levantadas dessa paralisação, vale ressaltar que uma, de grande importância, principalmente para os cursos da área de saúde, é a luta contra o desmonte do Hospital Universitário (HU – USP). Este, que além de ser de extrema importância para a formação de diversos alunos da área de saúde, também é de fundamental relevância para diversas pessoas da região, que tem o hospital como único centro de cuidado da saúde da zona oeste. Entretanto, este é um dos focos principais de ataque da reitoria (desde a antiga até a atual) e do governo do Estado.

Assim, colocando a relevância da incorporação dos estudantes a luta dos funcionários da USP e desta relevante demanda para os cursos da área de saúde da universidade, seria fundamental a incorporação destes cursos na paralisação de hoje. Porém, pelo menos no curso de Saúde Pública (FSP), o Centro Acadêmico (CA) nada fez, descumprindo uma das deliberações da assembleia geral dos estudantes, para construir essa paralisação no curso.

Apesar dos campi serem geograficamente distantes – a maioria dos cursos se centra na Cidade Universitária (ZO) e os cursos de saúde ficam no quadrilátero da saúde (região central da cidade) – a universidade é a mesma e a luta é uma só. Por isso, estudantes do primeiro ano da FSP – USP tiraram uma foto como forma de apoio a luta dos funcionários.

Alunos da primeira ano da Saúde Pública seguram cartazes com os dizeres: "Alunos do primeiro ano apoiam paralisação dos trabalhadores e dos professores! Em defesa do HU!"

As universidades, polos de conhecimento, devem ser voltadas às necessidades da população. Por isso devemos lutar pelo fim do vestibular e pela estatização dos monopólios da educação para que todos tenham acesso ao ensino superior, público e de qualidade!

Para que a saúde seja realmente um direito universal, gratuito e de qualidade, os estudantes e a população devem lutar contra a privatização da saúde e contra o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS), que no caso da USP se concentra no HU!

Trabalhadores, professores e estudantes, na luta contra a precarização do ensino público e por uma universidade de qualidade, com acesso para todos e de todos! Por uma saúde pública de qualidade e gratuita!

 
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