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DITADURA MILITAR
O assassinato como política governamental na Ditadura Militar: General Geisel ordenava a matança.
Redação Rio Grande do Sul
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A declaração da vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo e ex-presa política, a jornalista Rose Nogueira sobre o recente documento da CIA (agência de inteligência americana) que escancara o papel do general Geisel nas execuções do período militar é enfática: “eles (os governantes do período militar) nunca pagarão o mal que fizeram. Sempre soubemos que eram assassinos, frios e sanguinários. Nesse sentido, o documento tem valor porque comprova tudo que imaginávamos”.

Esse documento é mais uma prova cabal de que a ditadura militar no Brasil não foi uma “Ditabranda” como afirmam de forma mentirosa alguns falsários da “intelectualidade” burguesa e entusiastas do regime assassino que durou de 1964 a 1985. A verdade histórica sempre é mais poderosa do que a mentira e a falsificação da direita e dos militares. A verdade que agora veio a tona é de que o presidente ditador Ernesto Geisel, antes visto como “moderado”, como o “General da abertura”, foi, junto a alta cúpula do governo militar, responsável direto pelas ordens de assassinatos políticos no período de 1974 à 1979, continuando o trabalho nefasto de seus antecessores.

O documento de 1974, assinado pelo alto comando do serviço de inteligência americano, ressalta a relação próxima do imperialismo norte-americano que era comprometido com a sanguinolenta ditadura no país e o papel assumido pelo alto comando do regime e do Estado brasileiro nas mortes de opositores. O relatório que sugere que o ex-presidente Ernesto Geisel sabia e autorizou a execução de opositores ao regime militar surpreendeu familiares de presos e desaparecidos políticos.

Segundo o escritor Marcelo Rubens Paiva, filho do ex-deputado Rubens Paiva, preso na ditadura e desaparecido “Geisel sempre foi tido como o homem da abertura, que afastou a linha dura e que não sujou as mãos. — Não para no Médici. A política de extermínio continua depois dele. E vem de cima para baixo, do alto comando do Exército”.

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) confirmou, em seu relatório final, 434 mortes e desaparecimentos de vítimas da ditadura militar no país. Entre essas pessoas, 210 são desaparecidas. Lembrando que esses são números oficiais e que se contabilizarmos as mortes indiretas e que não foram registradas o número total de mortes é muito maior. A CNV traz a comprovação da ocorrência de graves violações de direitos humanos. “Essa comprovação decorreu da apuração dos fatos que se encontram detalhadamente descritos no relatório, nos quais está perfeitamente configurada a prática sistemática de detenções ilegais e arbitrárias e de tortura, assim como o cometimento de execuções, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres por agentes do Estado brasileiro” diz o texto. A ditadura militar foi a institucionalização da política de perseguição, tortura e extermínio.

O mais absurdo é que os militares torturadores e assassinos nunca foram punidos, nem mesmo no governo de Dilma (PT), que também foi uma das centenas de mulheres torturadas brutalmente nos porões no DOPS. O fato é que os militares nunca deixaram de atuar nos bastidores do Estado brasileiro sendo blindados e protegidos pelos governos da nova república e pela constituição de 88, saindo ilesos de qualquer tentativa de investigação.

 
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