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CÂMERAS DA SECRETARIA DE SEGURANÇA FORAM DESLIGADAS
Câmeras que teriam filmado assassinato de Marielle foram desligadas um dia antes do crime
Redação
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São 50 dias sem nenhuma resposta sobre quem matou e quem mandou matar Anderson Gomes e Marielle Franco. E, agora, vem à tona a informação de que cinco câmeras localizadas no trajeto feito pelo automóvel que transportou a vereadora no dia da execução foram desligadas com antecedência para dificultar a identificação dos criminosos.

Essas câmeras pertencem à Secretaria de Segurança, portanto são de responsabilidade do Estado, que deveria mantê-las funcionando permanentemente. Suas imagens deveriam ser enviadas ao Centro Integrado do Comando e Controle (CICC), na Praça Onze. Um dos equipamentos, da estação de metrô do Estácio, fica exatamente diante do local onde o carro foi alvejado, e possui capacidade para filmar em 360 graus. Seus registros poderiam facilmente conduzir à identificação do carro utilizado para o ataque.

O contrato com a empresa responsável pelas filmagens havia sido encerrado em outubro, mas até a véspera do crime elas continuavam operando normalmente, o que deixa claro que foram intencionalmente desligadas.

Fica cada vez mais claro que não existe nenhuma possibilidade de confiar na polícia e no Estado, responsáveis pelas mortes de Marielle e Anderson, para investigar esse crime e apontar os culpados.

Somente uma luta massiva vai garantir justiça por Marielle. É preciso seguir a luta nas ruas contra a intervenção federal no Rio de Janeiro e sem nenhuma ilusão nas forças repressivas exigir do Estado uma investigação independente, com os parlamentares do PSOL, organismos de direitos humanos, representantes dos sindicatos, intelectuais especialistas na crise social do Rio de Janeiro e outros setores que tenham legitimidade popular. Essa investigação independente tem que ter garantido por parte do Estado os recursos para trabalhar, acesso aos arquivos de investigação, contratação de peritos independentes, participar das produções de provas, entrevista com as testemunhas e ter acesso a todo o tipo de informação por parte do Estado. Sem isso, vão pesar os milhares de laços que tem a polícia e a justiça com este crime e vai primar a impunidade.

 
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