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PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO
Pão de Açucar anuncia queda de 40% nos processos trabalhistas e comemora precarização
Pedro Cheuiche

A empresa comemora que agora seus funcionários pensam duas vezes antes de denunciar suas condições de trabalho precárias. Com a Reforma Trabalhista, quem perde na justiça paga toda a conta do processo.

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Imagem: Estadão

O Pão de Açucar, em nome de seu vice-presidente de Finanças do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Christophe Hidalgo declarou: "O volume de processos trabalhistas em trânsito está em franca queda". Afirmou que a reforma trabalhista gerou uma redução de 35% a 40% nos processos movidos contra a companhia.

Os empresários se regozijam com a diminuição dos processos trabalhistas no Brasil. Isso aconteceu pois a Reforma Trabalhista instituiu uma nefasta mudança de que, num processo trabalhista, quem perder é obrigado a pagar toda a conta do processo. O que acaba acontecendo é que os trabalhadores, com poder de barganha infinitamente menor desistem de processar seu patrão por medo de perder e ter que pagar todos os honorários de seus caríssimos advogados. Um exemplo emblemático desse enorme retrocesso foi a trabalhadora do Ítaú que foi obrigada a pagar 67 mil reais após perder uma ação contra o Banco.

O executivo destacou, se deliciando com a maior precarização do trabalho, que houve um impacto positivo para a companhia advindo da possibilidade de ter trabalhadores "polivalentes", com maior flexibilidade nos papéis assumidos por funcionários nas lojas.

Segundo o executivo, essa opção tem tido um impacto favorável nos resultados de supermercados e hipermercados. Só se for para os patrões, ser coagido a se calar frente aos ataques diários em seu local de trabalho não é melhora alguma para os trabalhadores. Os funcionários do Mundial deram exemplo no final do ano passado quando fizeram uma forte greve contra a precarização, o acumulo de funções e a perda de direitos que a patronal impunha.

 
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