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EDUCAÇÃO
Teto de uma escola em Agudos desaba, deixa vinte feridos e Temer dá declaração cínica
Redação

Mais um capítulo da precarização extrema da educação: na manhã desta quarta-feira (18), o teto da Escola Municipal Diomira Napoleone Paschoal, em Agudos (SP), desabou e deixou vinte feridos, dezesseis crianças e quatro adultos.

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As dezesseis crianças, no total, foram atendidas na Unidade Pronto-Atendimento (UPA) em Agudos, e também no posto de saúde. Os quatro adultos- três professores e uma funcionária da escola- foram encaminhadas para um hospital em Bauru. Apesar de terem sido ferimentos leves, o acontecimento é a expressão do profundo e inaceitável sucateamento das escolas públicas no país, mostrando a importância que é dada pelo governo à educação.

A prefeitura municipal, que terá que responder de forma consequente a esse absurdo, ainda não se pronunciou. Régis Pauletti, coordenador da UPA, declarou que as crianças sofreram escoriações e que duas delas chegaram com cortes, mas que estão sob controle e já receberam atendimento. De acordo com as informações dos bombeiros, o teto do refeitório da escola, que é um berçário para crianças de seis meses a quatro anos, desabou e os funcionários tiveram que correr para tirar as crianças que estavam comento no local.

Ironicamente, a creche fica ao lado da Secretaria de Educação e Cultura, e no mesmo prédio onde fica o almoxarifado da prefeitura, o que é ainda mais grave, pois mostra que estava visível a estrutura falha do local. Segundo informações da prefeitura, em janeiro de 2017 a escola já tinha sido interditada por causa de estragos causados pela chuva, e em julho do mesmo ano ela foi devolvida às 130 crianças que ali estudam com a afirmação de que estava reformada.

A repercussão do acidente chegou em Michel Temer, presidente golpista, que postou no seu twitter que está acompanhando "com muita apreensão as consequências do desabamento", que "calamidades dessa natureza não podem acontecer impunemente" e que devemos "rezar" pelas crianças e adultos atingidos.

Essa declaração de Temer, no entanto, é muito cínica, pois desliga o que aconteceu em Agudos com as políticas educacionais que seu governo oferece, como, por exemplo, a PEC que congela por 20 anos o orçamento para a saúde e educação. Por isso, quem sente na pele as consequências sabe que rezar não é o suficiente, e que a solidariedade do golpista não comove ninguém, porque ele tem responsabilidade, também, pelo que aconteceu. De fato, quem deixou isso acontecer não pode sair impune, por isso, temos que cobrar do governo como um todo, do prefeito e do presidente, consequência com a educação e com as crianças do país, pois eles não atuam separadamente.

 
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