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Desigualdade entre homens e mulheres, e negros e brancos segue crescendo, diz IBGE
Redação

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) liberados pelo IBGE mostram também grande desigualdade regional e que índice de rendimento geral sofreu ligeira queda entre 2016 e 2017.

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Ontem o IBGE liberou os dados de sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada anualmente e nos mostram uma dura realidade sobre nosso país. Um dos primeiros dados chocantes é a grande disparidade entre o rendimento de 1% da população mais rica que foi R$ 27.213 mensais ou seja, 36,1 vezes mais que 50% da população que detinha os menores rendimentos (754 reais em média) o que é abaixo do nosso misero salário mínimo de R$ 954. O rendimento total da população caiu de 2124 reais em 2016 para 2112 ano passado, sendo essa queda maior no rendimento proveniente do trabalho.

A média nacional dos salários ficou em torno de 2237 reais, muito abaixo dos R$ 3706 que o DIEESE diz ser o salário mínimo para ‘para suprir um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência’ nos tempos atuais. Entretanto, uma análise mais profunda dos dados entre diferentes setores, vemos outros absurdos. Um exemplo é a disparidade entre os rendimentos de homens e mulheres: o dos primeiros foi em média R$ 2410 enquanto as mulheres ganharam R$ 1868, o equivalente a 77% do salário dos homens. A diferença entre os salários de brancos, negros e pardos (distinção feita pelo IBGE, determinada por autodeclaração) é maior ainda: R$ 2814 para brancos, R$ 1606 para pardos e R$ 1570 para negros. Isto é mais um retrato do nosso capitalismo machista e racista.

Toda essa situação tende a se agravar com as reformas aprovadas pelo governo golpista, como a reforma trabalhista aprovada ano passado, que diminui não só os direitos trabalhistas, como também a capacidade de reivindicá-los, para engordar ainda mais as contas dos capitalistas.

A desigualdade regional persiste alta ainda. A região Sul apresentou os menores índices GINI (índice que mede a concentração de renda), ficando em torno 0,469. Já o Nordeste ficou com 0,559. Outra desigualdade é encontrada no número de beneficiários do Bolsa Família, que representam 28,4% dos domicílios no Nordeste e 25,8% no Norte, o dobro da média nacional de 13,7%, sendo o rendimento mensal das famílias que recebem o benefício em torno de R$324.

Com o ajuste fiscal e os cortes que nos programas sociais, o setor mais pobre da população tende cada vez mais a ver um agravamento da sua situação, enquanto a disparidade entre ricos e pobres tende a aumentar ainda mais, num país em que 25% da população, ou seja 45,5 milhões de pessoas, viviam abaixo da linha da pobreza em 2016

Outro dado demonstra que 19,4% do rendimento domiciliar provinha de aposentadorias e pensões, sendo o rendimento médio dessa fonte R$ 1750. Esses são os privilegiados que o governo Temer quer atacar com sua reforma da previdência, enquanto avança o golpe institucional protagonizado nos últimos tempos pelo judiciário que recentemente fazia protestos por auxílios moradia que chegavam a até 4377 reais, mais que o dobro do rendimento médio dos aposentados e pensionistas.

Esses dados só reforçam a hipocrisia da burguesia que, através de discursos de ’modernização’, tentam aprovar uma agenda de ataques aos trabalhadores que só servirá para aumentar ainda mais a sua fortuna a custa da miséria e pauperização da população.

 
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