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CONTRA A SEGREGAÇÃO DOS TERCEIRIZADOS!
Não à segregação imposta pela terceirização na USP!
Nossa Classe - Educação
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Na última semana chegou até nós do Movimento Nossa Classe - Educação a denúncia de que trabalhadores terceirizados do restaurante central da USP estão sendo submetidos à condições de trabalho sub-humanas e totalmente humilhantes depois que a reitoria da universidade terceirizou os trabalhos na Sala de Louça, restringindo aos trabalhadores terceirizados direitos que os trabalhadores efetivos da universidade com quem trabalham lado a lado possuem.

Os terceirizados estão sendo impedidos pela universidade de se alimentar nos restaurantes onde trabalham todos os dias produzindo milhares de refeições! Os trabalhadores relatam que a equipe de trabalho é muito menor do que o necessário para operar na unidade, o que os leva à um trabalho exaustivo. Os trabalhadores efetivos da unidade ficaram indignados com a situação e partiram em defesa de seus companheiros.

Não bastasse essa situação criminosa com relação à alimentação, os terceirizados também não podem sequer utilizar os mesmos vestiários que os trabalhadores efetivos assim como devem pagar pelo transporte dentro do campus enquanto todos os demais trabalhadores e estudantes da USP tem gratuidade no transporte.

Nós, do Nossa Classe - Educação, repudiamos essa situação e nos colocamos em solidariedade aos trabalhadores terceirizados do restaurante universitário. Por anos sentimos na pele a estratégia de divisão dos trabalhadores da educação imposta pelos governos que tem por objetivo a precarização da educação para depois terceirizar e privatizar tudo o que puderem! Nos dividem entre municipais e estaduais, efetivos e contratados, estáveis, ou categoria "O", "F", "V"...tudo para não nos enxergarmos como iguais e dividirem nossas reivindicações. Também já percebemos cada vez mais os movimentos desses governos em terceirizar nossas escolas, como já acontece com algumas cantinas e o projeto do CIS. Se não botarmos um basta nesse avanço, logo os professores também serão terceirizados graças às mudanças que vieram na reforma trabalhista.

Também é importante ressaltar o caráter machista e racista dessa situação, já que esses terceirizados são em sua grande maioria mulheres negras submetidas aos piores postos de trabalho e piores salários. Certamente boa parte dessas trabalhadoras estudaram em escolas públicas e, se não frearmos esse avanço, amanhã serão os nossos alunos das precárias escolas públicas a estar em situações parecidas, afinal, para a imensa maioria de nossos alunos negros das periferias não é permitido adentrar na universidade para estudar, mas sempre encontrarão as portas abertas para serem humilhados em condições de trabalho sub-humanas.

Chamamos todos os professores e trabalhadores da educação a denunciar essa situação e apoiar a luta desses terceirizados com o ânimo de quem há poucos dias derrotou os planos do tucano João Dória na histórica greve dos professores municipais contra o SampaPrev.

Por direitos iguais entre efetivos e terceirizados! Uma só classe, uma só luta!

 
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