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SINTUSP
Contra a prisão arbitrária de Lula, pelo direito do povo decidir em quem votar
Pão e Rosas
@Pao_e_Rosas
Movimento Nossa Classe

Declaração do Movimento Nossa Classe - USP, Pão e Rosas e independentes contra a prisão de Lula e pelo direito do povo decidir em quem votar a ser apresentada na reunião ordinária do Conselho Diretor de Base (CDB) do Sindicato dos trabalhadores da USP (SINTUSP) neste dia 6 de abril.

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O golpe institucional avançou ainda mais no Brasil com o STF permitindo que Lula seja preso. A condenação arbitrária e esse avanço do judiciário só foi possível porque o PT optou por entregar as ruas à direita. As ameaças do general de reserva do Exército de que “reagiria em armas” caso o STF impedisse a prisão arbitrária de Lula, os atos do MBL e Vem pra Rua no dia 3/4 e a campanha que Globo, Folha e Estadão encamparam acontecem a menos de uma semana do atentado a tiros contra a caravana do ex-presidente.

O autoritarismo do judiciário se baseia em prisões preventivas arbitrárias, vazamento de provas e depoimentos, vazamento de gravações de escutas – que já são usuais nos morros e favelas contra a população negra – que serão utilizados contra os trabalhadores, o povo pobre e a esquerda, que sequer contam com a proteção da popularidade de Lula, em uma dita “democracia” que mantém presas quase 300 mil pessoas sem condenação, a grande maioria negras. Além disso significa um enorme ataque ao direito do povo poder decidir em quem votar, já que 11 ministros eleitos por ninguém e cheios de privilégio são quem decidem.

Não se passou sequer um mês do bárbaro assassinato de Marielle que escancarou a ferida do golpe institucional aberta no país. Mulher negra, vereadora de esquerda executada para calar a voz de milhares contra a intervenção federal e a violência no Rio de Janeiro. Esse mesmo general Villas Bôas que faz ameaças pela prisão de Lula, quer a "garantia para agir sem o risco de surgir uma nova Comissão da Verdade". A impunidade dos mandantes e assassinos de Marielle e dos responsáveis pelo atentado contra a caravana de Lula será apenas continuidade do fortalecimento dessa ofensiva da direita com a continuidade do golpe agora no STF.

Essa radicalização dos setores de direita e do autoritarismo do judiciário só pode ser respondida com uma radicalização a altura dos trabalhadores. Mas, ao invés de organizar ações contundentes no movimento operário e estudantil, se apoiando na vitoriosa greve dos professores e servidores municipais de São Paulo, o PT e o PcdoB, que dirigem enormes centrais sindicais (a CUT e a CTB), não fizeram nada além de “vigílias” inócuas. O fazem para travar a luta dos trabalhadores e da juventude por uma alternativa política independente contra o autoritarismo do estado. Isso porque assimilaram os métodos de corrupção próprios da direita, enriqueceram os capitalistas, enquanto estavam no governo e abriram caminho para a direita e o golpe institucional de 2016. Se ódio dos trabalhadores contra os ataques do Temer e o autoritarismo do judiciário não se transforma em mobilização e luta é porque o PT usa todos os mecanismos que possui para frear essa possibilidade e canalizar apenas em saídas eleitorais.

Não podemos aceitar essa situação. Nós, trabalhadores da USP devemos entender que o golpe institucional foi feito pra levar adiante planos de ajustes ainda mais duros do que o PT vinha aplicando. Já aprovaram a reforma trabalhista e querem continuar descarregando a crise sobre nossas costas. A prisão de Lula e o ataque ao nosso direito de decidir em quem votar - apesar de nós que assinamos esta carta não votarmos em Lula e nem defender seu projeto político - é uma continuidade do golpe institucional. Por isso, é um ataque que vai significar que todos os nossos direitos estarão ainda mais em jogo. Não podemos aceitar.

É preciso exigir que a CUT e a CTB terminem a trégua ao governo golpista de Temer e façam um chamado nacional à mobilização. Organizar assembleias, reuniões de base, paralisações e manifestações para lutar contra a prisão arbitrária do Lula, pelo direito do povo decidir em quem votar e pela revogação de todos os ataques aos trabalhadores. O PSOL e seus parlamentares, a CSP-Conlutas e todos os sindicatos e oposições de esquerda precisam impulsionar um polo anti-burocrático para levar adiante esta exigência às centrais e organizar os trabalhadores em suas bases.

Por isso propomos que nosso CDB vote:

1 - Contra a prisão arbitrária de Lula e pelo direito do povo decidir em quem votar

2 - Uma carta de exigência às grandes centrais sindicais pra que organizem um plano de luta imediato

3 - Organizar em nossa categoria debates e atos contra esta situação

Assinam essa proposta:

Adriano Favarin (FO); Alexandre Jacinto de Souza (SAS); Amanda Navarro (estagiária HU); Antônio Batista Nascimento (Prefeitura); Bárbara Della Torre (HU); Bruno ‘Gilga’ Rocha (FFLCH); Caio Leão (HU); Carlos Alberto Ferreira Gameiro (Prefeitura); Claudionor Brandão (Prefeitura); Cleber de Oliveira (F.Educação); Cristiano Trindade (FAU); Décio França (Prefeitura); Diana Assunção (F.Educação); Edinalva Oliveira Rocha (SAS); Elenice Rocha (SAS); Fábio Roberto Alcântara dos Anjos (SAS); Gabriela da Silva Narciso (HU); Gerson José da Silva-Bigode (Prefeitura); Janete de Sousa Silva (HU); José Antônio da Silva (Prefeitura); José Maria Pires-Zé Passarinho (Prefeitura); José Mário Bezerra (Prefeitura); Magna Ferreira (HU); Marcello Pablito dos Santos (SAS); Mariana Almeida Silva (SEF); Marília Lacerda (HU); Mary Coseki (EF); Michelle Odete Santos (FFLCH); Osmar José da Silva (SAS); Patricia Galvão (FFLCH); Roberto Franco de Moraes (SAS); Rodolfo Ferronato (Cinusp); Rosely de Fátima Silva (FFLCH); Vilma Maria da Silva (SAS); Yuna Ribeiro Conceição (FFLCH)

 
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