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PRISÃO ARBITRÁRIA DE LULA
Procuradora dos sonhos de Moro: Raquel Dodge pressiona pela prisão arbitrária de Lula
Isa Santos
Assistente social e residente no Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ
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A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, em declaração ao Jornal Estadão afirmou que a execução de uma sentença após quatro instâncias judiciais seria um "exagero que aniquila o sistema de justiça, exatamente porque uma justiça que tarda é uma justiça que falha". A declaração é mais uma forma de pressão para a decisão favorável a prisão arbitrária de Lula após condenação em segunda instância, que pode ser definida nesta quarta-feira (04/04) com o julgamento do habeas corpus de Lula pelo Supremo Tribunal Federal.

Se baseando sobre a necessidade de “garantir resolutividade ao sistema criminal do Brasil”, a procuradora preferida de Sérgio Moro finge que o processo de Lula, tal qual vários da operação Lava Jato, não conta com procedimentos totalmente arbitrários, como prisão coercitiva, vazamento de provas e depoimentos, vazamento de gravações de escutas, um julgamento pelo TRF-4 sem qualquer fundamento jurídico sólido e inversão do ônus da prova (onde o acusado tem de provar sua inocência).

O processo encabeçado por juízes e advogados com interesses próprios e que possuem diversos laços com políticos corruptos, como é o próprio caso de Raquel Dodge que chegou a pedir para o Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento de um inquérito que investiga o senador José Serra (PSDB-SP), e ovacionado por setores golpistas e da ultra direita nada tem a ver com a garantia de “justiça” ou combate a corrupção. Trata-se de mais uma medida de avanço no golpe institucional e nos ataques aos direitos elementares dos trabalhadores como o direito de decidir em quem votar.

É mais um capítulo onde o partido do judiciário busca garantir seus próprios interesses e os interesses da burguesia que anseia por ataques mais profundos a classe trabalhadora e a juventude. Sem nenhuma preocupação de serem protagonistas de papéis ridículos esses juízes decretam greve de fome e falam de justiça dentro de uma democracia onde dos 726 mil detentos, 40% não foram julgados e que encarcera em massa o povo negro sobre provas tão absurdas quanto pinho sol.

Não será por meio das mão desses juízes privilegiados e de suas medidas autoritárias que serão solucionados os problemas e questões que tanto afligem os trabalhadores e a juventude.

É preciso combater o autoritarismo do judiciário, que afetará especialmente a classe trabalhadora e o povo pobre, e para isso é urgente que as centrais sindicais organizem um plano de lutas para que a população possa votar em quem quiser. Que em cada fábrica, cada local de trabalho e estudo, cada escola tenha reuniões de base e assembleias democráticas onde os trabalhadores possam assumir em suas mãos a luta contra a condenação arbitrária de Lula - a qual a Procuradora-geral da República Raquel Dodge tanta clama - e pelo direito do povo decidir em quem votar, contra o atentado da extrema-direita à caravana de Lula, por justiça para Marielle e contra todos os ajustes do governo golpista.

Veja também: Contra a prisão de Lula: pelo direito da população decidir em quem votar

 
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