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JOÃO DORIA
Doria passa o bastão discretamente depois de 15 meses na prefeitura de São Paulo
Débora Torres

Em reunião longe dos holofotes da mídia, Doria entrega a prefeitura para o vice Bruno Covas na próxima sexta-feira, após passar por uma derrota com a vitoriosa greve dos professores e servidores municipais.

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O prefeito “gestor” que sempre se utilizou das redes sociais e da propaganda a seu favor, agora faz diferente: João Doria (PSDB) fará na próxima sexta, dia 6, reunião a portas fechadas, somente com os secretários da gestão. Para concorrer ao governo do estado, o tucano entregará o cargo para seu vice-prefeito, o também tucano Bruno Covas.

Em total oposição ao que foi sua posse, cheia de flashes e com toda a pompa no Teatro Municipal, Doria deixará a prefeitura com o máximo de discrição que conseguir, buscando assim evitar maiores desgastes. A realidade é que Doria quer fugir dos holofotes após ter sua proposta de reforma da previdência municipal derrotada pela greve dos professores e servidores municipais, sendo obrigado a recuar e suspender a votação por 4 meses.

Saiba mais: A vitória da greve contra Doria em SP é um marco para os trabalhadores em todo país

Em diversas ocasiões o prefeito, que abandona o cargo com apenas 15 meses de “gestão”, prometeu que não deixaria o cargo antes de termino de seu mandato, em 2020. "Não há razão para incerteza. Eu fui eleito prefeito para cumprir o meu mandato por quatro anos. Até dezembro de 2020 serei o prefeito da cidade de São Paulo", foi a declaração do gestor à Folha de São Paulo, em dezembro de 2017

A gestão Doria alega que não será dado destaque a passagem já que o mesmo plano de governo será mantido por Bruno Covas, sobretudo por serem do mesmo partido. O que significa que ainda é preciso lutar contra os ataques, como o SampaPrev, que Bruno Covas pode tentar aprovar passados os 120 dias de suspensão.

O vereador João Jorge, líder do PSDB na Câmara afirma: "Vamos trocar o condutor com o trem andando. Não tem que fazer festa, a máquina continua nos trilhos, todos trabalhando".

Dessa vez, Doria não nos dará o prazer de mais um de seus incríveis “recadinhos” nas redes sociais. Não haverá público nem jornalistas, sendo a reunião fechada contando somente com a participação de vereadores da base aliada como Milton Leite (DEM), presidente da Câmara e principal aliado do tucano no Legislativo.

Doria tem sido bastante criticado por conta das inúmeras vezes em que prometeu e se comprometeu em cumprir o mandato. Abaixo você acompanha algumas dessas vezes em que o tucano se pronunciou, fazendo falsas promessas:

Afirmação à TV Globo em 21 de setembro de 2016:
"Serei prefeito por quatro anos e sem reeleição. Não há necessidade. Deixar oportunidade para outras pessoas, oxigenar o partido."

Declaração à Folha de SP em 4 de outubro de 2016:
"Fico [quatro anos]. Vou prefeitar. E não vou disputar reeleição. Espero que na próxima reforma política, talvez, ela acabe. A reeleição se mostrou nociva à política brasileira.

Ainda em 2016, declarações para Rede TV e revista Isto É:
"Eu fui eleito para ser prefeito da cidade de São Paulo e vou ser prefeito quatro anos e sem reeleição, porque eu sou contra a reeleição".

"Não estou preocupado com a próxima eleição, estou preocupado com a administração, com a gestão da Prefeitura de São Paulo. São quatro anos de desafio e eu não sou candidato a reeleição".

E este ano a farsa continuou. À rádio Jovem Pan o gestor afirmou:
“Volto a dizer o que tinha afirmado, minha decisão é ser prefeito, cumprir meu mandato, agir com eficiência. Estamos focados, o time é bom, tenho orgulho, nosso vice-prefeito também cumprindo sua função. Esse é nosso foco. Não tenho nenhuma perspectiva de candidatura. O foco é a cidade de São Paulo.”

 
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