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CULTURA NO RJ
Teatro Municipal do Rio de Janeiro inicia programação e resiste a sucateamento
Débora Torres

Municipal abre sua temporada falando em renascimento e lutando contra falta de verbas.

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Com duas apresentações da Sinfonia nº 2 - Ressurreição, de Mahler, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro abriu neste final de semana sua temporada. Após longo período de precarização e falta de pagamentos, é momento de recomeço. Um ano de falta de pagamento de salários dos artistas, sendo esta na realidade, somente uma das camadas da abominável postura do governo do estado do RJ, que adota como política pública para cultura total abandono e sucateamento deste patrimônio cultural histórico.

A programação para esta nova temporada do Municipal carioca é fascinante, trazendo em versão de concerto, Sansão e Dalila, de Saint-Säens, e Griselda, de Vivaldi.O Réquiem de Verdi ganhará versão encenada; e ainda, as óperas Porgy and Bess, de Gershwin, e A Viúva Alegre, de Lehár que também farão parte da temporada, entre outros projetos.

Há no entanto, um entrave grave: não há verbas suficientes para realização de todos os projetos. Sendo assim, a agenda anunciada pelo Municipal, acaba sendo “um plano de intenções”, sem que se configure como uma temporada propriamente, já que não há garantias de que de fato se concretize.

Luiz Fernando Pezão, (MDB) referindo-se especificamente ao Municipal, diz que "renovação traz esperança", após afirmar que a cultura é prioridade para sua gestão. Claramente não passa de pura demagogia, tendo em vista as medidas repressivas e as demissões e fechamentos de espaços culturais desde o ano passado. O que precisa ser feito, na pratica, é que o estado de fato assuma seu dever de fomentar todas as atividades do Municipal, que seja implementada de fato uma política pública em prol da cultura e das manifestações artísticas em suas mais diversas linguagens, de modo que a arte e a cultura sejam direito de todos e todas e não mera mercadoria e fetiche capitalista.

Inaugurado em 1909 o Teatro Municipal chama a atenção por conta de sua arquitetura e é considerado uma das principais referências do Brasil e uma das mais importantes “casas de espetáculo” da América Latina. Ao longo de sua existência recebeu grandes artistas nacionais e internacionais da dança, música e da ópera.

É completamente absurdo e lamentável que o Teatro Municipal do Rio chegue a abril de 2018 sem a confirmação e concretização de condições materiais para a realização integral de sua temporada.

Que seja de fato época de renascimento do Municipal, para que todos e todas tenham acesso a cultura e a arte, que deve ser direito e não privilégio.

Veja a programação completa aqui

 
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