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KÁTIA ABREU ENTRA NO PDT E NO MANIFESTO DE FEVEREIRO
"Unidade para reconstruir o Brasil" agora é também com Kátia Abreu, a “motosserra de ouro”
Fernando Pardal
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Kátia Abreu é uma das principais líderes do agronegócio no país, já foi agraciada com o simbólico prêmio "motosserra de ouro", é uma ardorosa defensora dos interesses dos grandes latifundiários que, sem sombra de dúvida, são um dos setores mais reacionários da burguesia brasileira, desmatando, atacando reservas indígenas, explorando trabalho escravo e lucrando milhões com a imensa concentração fundiária brasileira na mão desse punhado de parasitas.

Abreu é uma autêntica representante do velho "coronelismo", senadora por Tocantins e oligarca regional, foi presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA), um órgão corporativo de defesa do agronegócio e do latifúndio. Essa mesma CNA, aliás, é quem levanta a criminosa campanha "há muita terra para pouco índio", um verdadeiro "passe livre" pro extermínio nas mãos de assassinos pagos pelo agronegócio, num país em que os 67 mil maiores proprietários concentram mais de 200 milhões de hectares de terras. Depois, Abreu foi presidente da reacionária bancada ruralista no Congresso, seguindo firme na defesa desse patronato que beira o escravismo. No governo petista, mais precisamente no segundo e breve mandato de Dilma, Kátia Abreu, então do PMDB, esteve à frente do Ministério da Agricultura.

Assim, a aliança do petismo com essa representante do que há de mais atrasado no país não é novidade. E não apenas para sua "governabilidade", mas também até por meio dos seus braços nos movimentos sociais. Podemos lembrar disso graficamente com esse "belo momento" da ex-presidente da UNE, Carina Vitral, do PCdoB, com a "sua amiga" Kátia:

No governo de conciliação, dar a mão a banqueiros, empresários latifundiários era a moeda corrente. Agora, após o golpe, passando à oposição o PT mostrou que não aprendeu nada, voltando a apostar na conciliação. Nisso, se alia a tradicionais aliados da traição aos trabalhadores, como o PCdoB, e aos partidos burgueses que tentam se vender como de "esquerda", como é o caso de PDT de Ciro Gomes e o PSB, que já abrigou o ex-presidente da FIESP, Paulo Skaf.

O mais vergonhoso, contudo, é a adesão do PSOL, por meio de sua Fundação Lauro Campos, a esse time que procura requentar um velho programa neodesenvolvimentista com o Manifesto Unidade para Reconstruir o Brasil.

A adesão de Kátia Abreu ao PDT e a essa unidade mostra mais uma vez, de forma cada vez mais explícita e inequívoca, o que representa essa "reconstrução" do Brasil. Querem "reconstruir" o Brasil com esse setor que massacra sem terras e indígenas, que concentra em suas mãos propriedades do tamanho de países inteiros, que utiliza mão de obra escrava e mantém o Brasil com feições de uma exploração brutal sobre camponeses e trabalhadores agrícolas. Querem reconstruir o período de conciliação em que o lulismo calava os movimentos sociais para garantir os lucros milionários desses setores. Essa é a "reconstrução" que se pode fazer ao lado de figuras como Kátia Abreu.

 
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