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GREVE PROFESSORES MUNICIPAIS SP
6 motivos para apoiar a greve dos professores municipais em SP
Redação

Milhares de professores da rede municipal de São Paulo entraram em greve no mesmo dia em que milhões de mulheres paralisaram seus trabalhos e saíram às ruas em diversos cantos do mundo no dia 8 de março. Os professores demonstram que estão dispostos a derrubar os projetos de Doria de destruir ainda mais a educação pública. Mas o que está em jogo com essa greve? Qual é a sua verdadeira importância? Por que devemos apoiá-la? Vejam ao menos 6 motivos.

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1. Doria quer acabar com a aposentadoria dos servidores municipais

Doria quer aprovar um novo regime de aposentadoria para os servidores municipais a ser gerido pelo setor privado, o já famoso SAMPAPREV. Este novo regime aumenta de imediato o valor de contribuição de 11% para 14%, podendo chegar até 19% (porcentagem que varia conforme faixa salarial) do salário dos servidores ativos e aposentados. Isso equivale ao salário de 35 dias do ano destinado APENAS para pagar o novo regime de aposentadoria (!). Se somado aos outros 27,5% da faixa do imposto de renda, isso significa que o salário dos servidores já passa a ser reduzido pela metade! Isso é na prática um ataque duríssimo ao funcionalismo municipal, e é por esse motivo que os professores e trabalhadores da educação estão em greve.

2. Essa medida acaba com os direitos já conquistados

Se o motivo anterior já não fosse escandaloso o suficiente, ainda tem mais. Esse novo regime também quer implementar o teto do INSS para a aposentadoria no valor de R$ 5.645,80. Com o discurso de que é preciso "acabar com os privilégios", Doria quer, com essa medida, acabar com à progressão de carreira da categoria, direito duramente conquistado com anos de luta. Curioso é que, nessa onda de "criticar os privilégios", Doria, um verdadeiro herdeiro de terras e dono de diversas propriedades milionárias que sonega impostos, jamais criticou os seus próprios privilégios (esses, privilégios de verdade).

3. O SAMPAPREV é a reforma da previdência a nível municipal

Os professores e trabalhadores da educação saem à frente desta luta para acabar com este ataque que afeta a todos os servidores municipais. Isso acontece porque o golpista do Temer não conseguiu implementar a reforma da previdência a nível federal, então deixa a cargo dos municípios a implementação de suas próprias "reformas da previdência". Doria, pensando na sua candidatura ao governo do Estado pelo PSDB, quer mostrar "serviço" aos golpistas retirando ainda mais direitos e atacando as condições de vida dos trabalhadores. Se esse projeto passa hoje aos servidores, os golpistas terão melhores condições para aprovar a reforma da previdência ao conjunto dos trabalhadores.

4. Completa destruição da educação em SP

Nada muito diferente do que também vem fazendo Alckmin no Estado de SP. Para além de querer privatizar as escolas da rede estadual de SP, também demitiu cerca de 30 mil professores "categoria O" e ainda deu calote em outros 20 mil que não receberam suas férias. Parceiros neste projeto tucano de completa destruição da educação, Doria deixou milhares de crianças sem merenda nas escolas, encerra contrato de professores, tem cortado brutalmente o investimento no transporte dos estudantes, ao mesmo tempo em que deixa as crianças sem creches e para tentar suprir essa demanda criou centenas de creches conveniadas, investimento dinheiro público para a administração privada administrare a educação das crianças em verdadeiros depósitos sem qualquer estrutura ou prática pedagógica, além de pagar menos aos professores dessas escolas.
Isso tudo mostra o quanto estão alinhados os projetos dos tucanos no que diz respeito a destruir completamente a educação começando por atacar o direito dos professores.

5. E no Brasil? A educação grita socorro

Alckmin e Doria estão, por sua vez, alinhados com os projetos dos golpistas nacionalmente, que implementaram um teto dos gastos com saúde e educação (PEC 55), aprovaram a Reforma Trabalhista e “flexibiliza os direitos” inclusive dos servidores públicos e uma Reforma do Ensino Médio que gera desemprego massivo de professores e afeta profundamente o conhecimento produzido nas escolas. Esse massacre à produção de conhecimento, que entendemos como o projeto de desmonte da educação do PSDB, tem o objetivo consciente de despejar nas costas dos filhos dos trabalhadores a crise econômica que os próprios capitalistas criaram. Querem zerar qualquer possibilidade de construir massa crítica que questione as crises, esses projetos e esses governos.

6. Uma greve que pode ser o exemplo para os trabalhadores de conjunto

Se a greve dos professores e trabalhadores da educação consegue impor essa derrota ao Doria e pôr fim ao SAMPAPREV, isso pode ser o exemplo de como barrar os ataques aos direitos da nossa classe de uma vez por todas, e então servir como impulso aos trabalhadores de conjunto.

Por isso, precisamos cercar essa greve de solidariedade ativa, com uma forte campanha de apoio de outras categorias que seja impulsionada pelas centrais sindicais e sindicatos da esquerda, a CSP Conluntas e a Intersindical, além da CUT e também da CTB, que se somem à construção das assembleias, dos comandos e das atividades da greve, mostrando ao Doria e aos golpistas que os professores não estão sozinhos, além de colocarem toda a sua estrutura para fazer triunfar essa importante luta.

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