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JANELA PARTIDÁRIA
Deputados e partidos aproveitam a janela partidária para iniciar os leilões pré-eleitorais
Gi Maria
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Nesta quinta-feira, dia 8, primeiro dia da janela partidária, pelo menos 15 deputados trocaram de legenda. A janela funciona permitindo que deputados federais e estaduais troquem de partido sem incorrer em perda de mandato por infidelidade partidária. A janela deste ano irá até o dia 6 de abril. Dos 15 deputados que migraram para outros partidos, 8 foram para o PSL; 4 para o DEM; 1 para o PT; 1 para o PCdoB; e 1 para o Pros. Os dois partidos que receberam mais migrações neste primeiro dia de janela já tem pré-candidatos definidos: o PSL vai lançar o recém filiado Jair Bolsonaro e o DEM anunciou a candidatura de Rodrigo Maia, presidente da Câmara.

Segundo especialistas, estas trocas envolvem negociações acerca de recursos de campanha e tempo de televisão. A tendência é que a maioria das migrações ocorram nos últimos dias da janela, pois estes deputados esperam por “ofertas” que deem mais recursos para disputa eleitoral. A negociata também gira em torno dos interesses dos partidos, que buscam deputados com maior possibilidade de serem bem votados, já que isso aumenta a quantidade de fundo partidário que a legenda vai receber.

Estes deputados não estão se desfiliando ou filiando de acordo com os diferentes programas políticos de cada partido, mas sim de acordo com benefícios dentro da Câmara, isso porque aos políticos burgueses não faz diferença a discussão política acerca do programa partidário mas sim a manutenção de seus cargos e o uso de recursos financeiros, vindos dos cofres públicos, uma vez que salvo algumas diferenças de concepções, todos eles atuam a favor da manutenção de seus próprios privilégios.

Com a janela, os deputados podem se manter no cargo, filiando-se a um projeto político distinto, ou seja, os votos da população não conseguem abarcar a tarefa de escolher um programa no qual confiem, pois as migrações de deputados giram em torno de interesses que escancaram que seu papel na Câmara é a manutenção dos seus próprios privilégios e não a continuidade de um projeto político eleito pela população.

O quão comum são essas negociatas, como as compras de votos que sempre ocorrem, nas quais golpistas e petistas vendem e compram deputados e votos para fazer valer, mais uma vez, seus interesses pessoais e não a vontade da população que os elegeu, demonstra o caráter podre da política burguesa, e como o estado burguês atua simplesmente como o balcão de negócios dos de cima, que enquanto negociam entre eles, golpeiam nossas costas fazendo uso de dinheiro público em suas campanhas e em seus fundos partidários, e votando reformas que afetam nossas vidas para que seus privilégios se mantenham mesmo em momentos de crise.

 
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