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INTERVENÇÃO FEDERAL NO RJ
Militares fazem combate seletivo do crime organizado, poupando territórios das milícias
Redação

A necessidade da intervenção federal foi propagandeado como uma forma de golpear o crime organizado, ressaltando tanto o combate com as facções como contra as milícias. Entretanto, sete meses depois do início das ações com apoio dos militares, nenhum território da milícia teve nem sequer uma rua ocupada.

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No início das operações o então ministro da Defesa, Raul Jungmann (atualmente no Ministério Extraordinário de Segurança Pública) alegava que o foco seria “golpear o crime organizado” de modo geral, ressaltando tanto o tráfico de drogas como o as milícias.

Entretanto, sete meses depois do início das ações com apoio dos militares e tendo ocorrido 20 operações em favelas e zonas carentes do Rio, nenhum território da milícia teve nem sequer uma rua ocupada.

Do total de ações com militares, 11 foram em locais dominados pelo CV (Comando Vermelho), a maior facção criminosa do Rio. Em cinco ocasiões, deu-se prioridade onde há disputa entre CV, TCP (Terceiro Comando Puro) e ADA (Amigos dos Amigos). Outras quatro foram em locais dominados por TCP ou ADA.

Esta seletividade das ações de combate à criminalidade evidenciam a hipocrisia do discurso de guerra às drogas, enquanto se combate o braço do crime organizado ligado aos traficantes, é poupado o braço ligado às milícias, que estão vinculadas às instituições e figuras públicas.

A intervenção federal, bem como as ações militares antes dela, foi decretada supostamente para que os militares combatessem o crime organizado e restaurassem a credibilidade das forças de segurança do Rio. Entretanto, como demonstra o transcorrer das operações, novamente o discurso de guerra às drogas foi utilizado de forma retórica, e eleitoreira por Temer, com o objetivo de aumentar a repressão sobre as populações das favelas e comunidades, nos locais dominados pelas facções enquanto são poupadas as áreas dominadas pelas milícias.

 
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