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INTERVENÇÃO FEDERAL NO RJ
Contrariando General, favelas do Rio criam Comissão Popular da Verdade
Redação

A população das favelas do Rio de Janeiro, conscientes do histórico de violência e abusos cometidos por policiais e militares ao longo das ocupações, se organiza de diversas formas para criar mecanismos para resistir ao autoritarismo e arbitrariedades impostos sobre eles.

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O General Eduardo Villas Bôas havia reivindicado para os militares que realizam a intervenção federal no Rio de Janeiro a “garantia para agir sem o risco de surgir uma nova Comissão da verdade no futuro”. Entretanto, para a irritação do general, e apesar do desejo do governo Temer de garantir a impunidade aos militares, a população das comunidades já demonstrou que não aceitará os abusos de autoridade praticados pelos militares.

A Faferj (Federação das Associações das Favelas do Estado do Rio de Janeiro) anunciou na terça-feira (27) a criação de uma Comissão Popular da Verdade para poder acompanhar as violações de direitos humanos realizados pelos militares. Outras lideranças de diversas comunidades cariocas também reivindicam um canal de diálogo com o interventor, general Braga Netto.

Já a ONG Redes da Maré se recusa a dialogar com o interventor e legitimar o seu poder, e irá entrar com uma representação no MPF (Ministério Público Federal) reivindicando a revogação da intervenção. Além disso também planeja o lançamento de um observatório da intervenção, uma iniciativa em conjunto com o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) da Universidade Cândido Mendes.

A busca por mecanismos de auto-organização dos moradores das comunidades revela o rechaço e a consciência, por parte daqueles que tem seu cotidiano mais diretamente impactado pelas operações das tropas, dos frequentes abusos e desrespeitos aos direitos mínimos de qualquer cidadão, como no caso do cerco e o impedimento da entrada e saída das favelas a menos que a população se submetesse a um fichamento pelos militares.

 
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