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8M - USP
Assembleia de Mulheres trabalhadoras da USP: Rumo ao 8 de março
Babi Dellatorre
Trabalhadora do Hospital Universitário da USP, representante dos trabalhadores no Conselho Universitário
Patricia Galvão
Diretora do Sintusp e coordenadora da Secretaria de Mulheres. Pão e Rosas Brasil

Secretaria de mulheres do Sintusp marca assembleia de mulheres trabalhadoras da USP para discutir demandas das mulheres e organização do 8 de março.

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Assistimos nas últimas semanas o governo recuar momentaneamente da aprovação da reforma da previdência. Infelizmente não pela ação decidida da classe trabalhadora organizada, já que as centrais sindicais que continuam fazendo corpo mole, como dia 19/02, e impedindo que toda a força dos trabalhadores se expresse.

Os temas políticos que cortam o país estão nas conversas dos trabalhadores, das donas de casa. Todos acompanham cada medida autoritária do governo federal que a cada dia pós golpe avança sobre os direitos democráticos da população. Esses temas perpassam a organização dos trabalhadores e, na USP, foi tema de assembleias de trabalhadores e de reuniões do Conselho de Diretores de Base do SINTUSP (CDB). Na última assembleia geral, no dia 16 de fevereiro, os trabalhadores decidiram, numa votação apertada, não levar para o ato contra a reforma da previdência um posicionamento pelo direito do povo decidir em quem votar, proposta feita pelo MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores, que impulsiona o Esquerda Diário). Embora, em reunião ordinária no dia 19 de janeiro, a maioria dos membros do CDB tenha se posicionado contrários a condenação arbitrária de Lula, que seria julgado no dia 24 de janeiro.

Agora, na organização das mulheres trabalhadoras da USP para o 8 de Março, os temas nacionais voltam a pautar os debates e as trabalhadoras devem organizar sua participação nesse dia internacional de luta dentro da USP, e também fora dela.

Além das ações locais que cada categoria deve organizar em São Paulo haverá dois atos gerais sendo convocados. O primeiro convocado por diversos grupos, como a Marcha Mundial de Mulheres, a Frente Feminista de Esquerda entre outros, com o eixo principal sendo “Pela vida das mulheres, democracia e soberania! Temer sai, fica aposentadoria!”, ainda que a própria Frente Feminista deva sair com um eixo diferente (8M, é pela vida das mulheres! Tirem as mãos da nossa aposentadoria). A concentração deste ato será na Praça Oswaldo Cruz (no início da Avenida Paulista) às 16h e caminhar até o escritório da presidência (no final da Av. Paulista). O segundo ato, convocado pela Conlutas, às 15h, com concentração no Teatro Municipal, com o eixo: Contra a violência machista e a Reforma da previdência!

Nós do Movimento Nossa Classe e do Pão e Rosas dedicamos toda nossa energia para a organização e lutas dos trabalhadores. E por ver que o capitalismo se utiliza do machismo, do racismo, da homofobia e todos os preconceitos para dividir a classe e, dessa forma, explorar ainda mais que nos dedicamos a organizar secretarias de mulheres, negros e LGBT. Como uma forma de superar os atrasos que a burguesia impõe para que estes setores se organizem em seus sindicatos, em partidos e tomem sua vida e luta nas próprias mãos.

É fundamental que tenham espaços próprios para debaterem suas demandas e se organizarem para lutar, mas também para romper a posição de vítimas que a ideologia capitalista nos inculca e nos tornar capazes de debater dentro dos espaços de democracia operária com nossos companheiros de classe, pois apenas colocando fim ao capitalismo poderemos colocar fim às formas de opressão.

Saiba mais: Comissões de Mulheres: Laboratórios de Emancipação

Haverá uma Assembleia de Mulheres Trabalhadoras da USP no dia 28/02 para organizar o 8M e depois, uma Assembleia Geral de Trabalhadores, no dia 6 de março, onde serão apresentadas as propostas definidas pelas trabalhadoras. Nós do Movimento Nossa Classe e Pão e Rosas vamos defender que a categoria referende as decisões da Assembleia de Mulheres, como vem sendo nos últimos anos, por se tratar de sua organização para o 8 de março, dia internacional de luta das mulheres.

Na Assembleia de Mulheres vamos defender a necessidade das trabalhadoras organizarem uma forte intervenção na universidade combatendo a reitoria que tenta impor a reforma trabalhista e uma nova relação de trabalho que vem prejudicando a vida das trabalhadoras mães; que precisamos nos organizar para construir uma grande mobilização na campanha salarial que nos coloque em melhores condições na relação de forças com a reitoria para negociar um novo acordo coletivo. Vamos defender também que é necessário que as trabalhadoras combatam o avanço da direita, se coloquem contra a intervenção federal no RJ, ao mesmo tempo que denunciem que o PT e seu braço sindical, a CUT, além de atacar os trabalhadores, abriram espaço para a direita em seus governos e hoje se mostra incapaz de combater o governo golpista, pelo contrário, mantém a classe trabalhadora desarmada. Portanto, nenhuma ilusão podemos ter na estratégia desse partido de acordos parlamentares.Por isso entendemos que as trabalhadoras da usp devem ir ao ato geral, na Paulista, chamando a Frente Feminista de esquerda a conformar uma coluna independente. Nossa luta é também pela revogação da reforma trabalhista e todos os ataques dos governos, pelo fim da terceirização e efetivação imediata das trabalhadoras e trabalhadores terceirizados. Também vamos defender a necessidade de combater a violência machista dentro e fora da USP, a urgência em que o aborto seja legal, seguro e gratuito, educação sexual nas escolas, igualdade salarial e um plano emergencial de combate a violência contra a mulher que envolve políticas que devem ser garantidas pelo Estado, como auxílio financeiro, casas abrigo e um plano de moradia às milhares de famílias sem teto e todo apoio a vítimas de violência, com equipes especializadas, dispensa do trabalho e estudo.

Rumo ao 8 de março!

 
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