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Fitch rebaixa a nota do Brasil, imperialismo continua cobrando a reforma da previdência
Odete Assis
Mestranda em Literatura Brasileira na UFMG

A agência internacional Fitch, reduziu a nota de crédito do Brasil de “BB” para “BB-“, o que mantém o país na lista daqueles considerados mau pagadores de suas dívidas. Nessa mesma agência o Brasil está três níveis abaixo do grau de investimento, espécie de selo de bom pagador. A perspectiva que era negativa, agora tornou-se estável, o que reduz os riscos de novos rebaixamentos nos próximos meses.

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Logo após a notícia de rebaixamento, a Bolsa brasileira, que estava subindo em 0,13%, chegou a cair 0,63%. Por volta das 13:42h da tarde, o Ibovespa tinha baixa de 0,16%, para 86.551 pontos.

Essa redução veio principalmente devido a decisão do governo de não colocar em votação a reforma da previdência, um recado dos setores do capital financeiro internacional que clama por mais ataques contra a classe trabalhadora e a população pobre, como era a reforma da previdência e como foi com a reforma trabalhista e a agenda de privatizações. Para eles, o governo não ter levado adiante a mãe de todas as reformas, representa um grande risco aos planos dos grandes empresários de descontar sob as cotas dos trabalhadores, os custos da crise que eles criaram.

Segundo a Fitch, o rebaixamento é reflexo do déficit fiscal persistente do Brasil, que constituiu um grande e crescente endividamento do governo e o fracasso de aprovar no Congresso as reformas que representariam um suspiro as finanças da classe dominante. Contudo, a grande verdade é que boa parte da renda brasileira é destinada ao pagamento da dívida pública, enriquecendo cada vez mais os grande banqueiros e empresários, enquanto a ampla maioria da população sofre com a crise, o desemprego e as reformas.

O Ministério da Fazendo divulgou nota reafirmando seu compromisso com as reformas contra a classe trabalhadora, para salvar a pele dos patrões e banqueiros. Tentando reforçar as medidas de ataques já aprovadas como o teto dos gastos público, a reforma trabalhista, o programa de recuperação fiscal dos Estados e a nova taxa de juros do BNDES.

A Fitch é a segunda agência que rebaixa a nota do Brasil. No inicio do ano, a S&P Global também havia mudando a nota brasileira de “BB” para “BB-“, constituindo o primeiro rebaixamento realizado por uma agência durante o governo golpista de Michel Temer.

O atraso nas reformas e as incertezas provocadas pela eleição de 2018, onde o avanço bonapartista do judiciário coloca em risco até mesmo o direito mais básico da democracia burguesa, que é o da população poder escolher em quem votar. São fatores que fazem essas agências internacionais usarem esses rebaixamentos como forma de pressionar por ainda mais ataques contra os trabalhadores e o povo pobre. Desde o Esquerda Diário fazemos um chamado a que possamos organizar nossa luta para barrar a continuidade do golpe e anular a reforma trabalhista e todos os ataques.

 
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