Depois da votação na Câmara, foi a vez do Senado votar e aprovar o decreto que autoriza a intervenção federal no Rio de Janeiro. A votação teve 55 votos a favor, 13 contra e uma abstenção.
A medida do governo golpista, que deixa evidente a escalada repressiva, bem no estado em que a crise mais se agrava no país, de longe busca resolver os problemas da violência urbana, e promove um ataque aos direitos democráticos da população carioca.
Garantindo todo o poder para “assuntos de segurança pública” a um General do exército, o decreto foi votado ontem na Câmara sob uma chuva de discursos reacionários. A votação no Senado, logo depois, garantiu a aprovação final da medida de Temer.
A discussão entre os senadores foi marcada pela cobrança de que Temer garanta que irá gastar grandes montantes do dinheiro público com essa operação assassina.
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Segundo Eduardo Lopes (PRB-RJ), que é aliado do prefeito do RJ, Marcelo Crivella (PRB), o Palácio do Planalto "tem que apresentar o mais rápido possível" o plano de trabalho e a previsão de gastos da intervenção no Rio. "Não dá para começar uma operação dessa magnitude e no meio dizer que não alcançamos o que queríamos por falta de recurso", disse.
Após a aprovação nas duas casas do Congresso Nacional, a medida presidencial foi aprovada, e tem validade até o dia 31 de dezembro, final do mandato de Temer.
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