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PROFESSORES SP
Alckmin dá calote em mais de 20 mil professores demitidos no final de 2017
Grazieli Rodrigues
Professora da rede municipal de São Paulo
Tatiana Ramos Malacarne

Hoje, dia 20, mais de 20 000 professores categoria O demitidos por Alckmin dia 27 de dezembro de 2017 aguardavam o pagamento das férias referentes aos anos de 2014 e 2015, porém esse pagamento não aconteceu e nem o governo e nem a Apeoesp se pronunciaram.

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O ano começou um caos na educação com mais de 1 500 salas fechadas em todo estado, superlotação das salas, professores tendo que pegar aulas em até 5 ou 6 escolas para completar suas jornadas e os mais de 20 mil professores temporários que foram demitidos por Geraldo Alckmin no final do ano passado, que aguardavam receber hoje as férias referentes a 2014 e 2015 acordaram surpreendidos sem nenhum real em suas contas.

Esses mesmos professores também seguem desempregados, pois na atribuição de aulas foram colocados numa segunda e última lista na ordem de atribuição de aulas, com seu tempo de carreira sendo desconsiderados. Isso no marco de que faltam aulas até mesmo para os professores tidos como “estáveis”, os categoria F, que faz com que não possamos esperar voltar tão cedo às salas de aula.

Para o governador tanto faz se os professores, são arrimos de família ou se tem contas a pagar. O pagamento das férias que deveria ter acontecido hoje, já tardiamente, é por si só um grande absurdo, pois os professores foram demitidos em dezembro do ano passado, há exatos dois meses e até 2016 sequer tinham o direito de receber o pagamento de férias anualmente - Alckmin rasgando a constituição alegava que esse pagamento aconteceria ao final do contrato e a expectativa desse setor da categoria era que isso finalmente se efetivasse hoje e isso não aconteceu.

O Decreto nº62.031 que regulamenta as férias dos professores contratados foi publicado em 03/07/2016 e em nota a SEE – Secretaria Estadual de Educação reafirmou que os pagamentos de férias anteriores à essa data seriam realizados a título indenizatório ao final do contrato, o que se deu em dezembro de 2017.

O que Alckmin fez com milhares de professores que estavam na rede desde 2014, demitindo-os e garantindo que não peguem aulas tão cedo por seu claro projeto de acabar com a educação pública no estado de SP é revoltante e humilhante, e agora como se não bastasse estamos levando um calote das nossas férias de 2014 e 2015.
É escandaloso que frente a isso a Apeoesp e Bebel sequer tenham se pronunciado, parece que a demissão de milhares de professores que agora sequer receberam seus direitos não é suficiente para que o maior sindicato da América Latina se mobilize e junto a base da categoria coloque de pé um verdadeiro plano de lutas.

Os ataques à nossa categoria e ao conjunto dos trabalhadores seguem, mas os professores não podem deixar barato e por isso exigimos que a Apeoesp mobilize já a categoria pelo pagamento imediato e corrigido desses valores atrasados e também pela reabertura imediata das salas fechadas, para que possamos todos trabalhar e os estudantes possam aprender e com o número máximo de 25 alunos por sala!

 
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