Côrtes estava preso desde abril de 2017, a partir de investigações da Operação Fratura Exposta, que desdobrou da Operação Lava Jato. Côrtes estava envolvido com esquema de fraudes em licitações de próteses para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). As investigações indicam que entre 2006 e 2017, mais de R$300 milhões foram desviados.
O ministro substituiu a prisão por medidas cautelares, que consistem em não ter contato com outros investigados da mesma Operação, não viajar para fora Brasil, tendo o passaporte apreendido e não deixar sua residência durante as noites e os finais de semana.
Outros dois empresários presos também foram soltos por Gilmar Mendes e estão agora sob medidas cautelares. Miguel Iskin e Gustavo Estellita são sócios da Oscar Iskin, principal fornecedora de próteses do Rio, favorecida pelo esquema de corrupção.
Mais uma vez Gilmar Mendes mostra quais são os interesses do Judiciário e do lado de quem está. A cúpula do judiciário quer se constituir enquanto um órgão que paira sobre a política, mantém seus super-salários e incontáveis privilégios, atua para favorecer seus amigos empresários e políticos corruptos e tenta dar as cartas da política através de seu autoritarismo, retirando até o mínimo direito democrático da população, que é o voto.
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