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FILHO DE AMARILDO
Após 4 meses sem julgamento, filho de Amarildo é solto pela justiça
Redação

Sem provas que pudessem manter Amarildo Gomes da Silva, filho do ex-ajudante de pedreiro Amarildo de Souza morto pela policia militar carioca em 2013, o juiz Roberto Câmara Lacé Brandão, da 31ª Vara Criminal, ordenou o relaxamento de sua pena.

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Imagem: Extra

Segundo o próprio juiz, o prazo determinado na prisão preventiva do jovem havia sido extrapolado e o Ministério Público não apresentou na denúncia do réu as provas que poderiam mantê-lo sob prisão judicial.

Ao contrário do que se pode verificar nas maiorias dos processos judiciais e prisões de jovens negros moradores de periferia, a história de Amarildo Gomes parece nos mostrar que de fato o poder Judiciário para essa parte da população, trabalha de maneira neutra e justa. Não nos enganemos quanto a isso, a justiça brasileira enquanto uma esfera do poder institucionalizado atende antes aos interesses da burguesia e não dos trabalhadores.

O caso do próprio pai desse jovem, o Amarildo, morto pelos policiais da UPP da Rocinha cujo corpo ainda não foi encontrado e os criminosos não foram responsabilizados; o caso do jovem Rafael Braga preso injustamente cujos os pedidos de hábeas corpos foram negados; além dos 40% da população carcerária brasileira (composta em sua maioria por homens negros) que permanece presa sem julgamento são o indício da atuação racista e classista da Justiça brasileira.

Leia Mais: Brasil prende o dobro que a onze anos atrás, 40% não foi julgado

Esses não são apenas indícios de uma arbitrariedade mantida a partir do racismo institucional e da exploração dos setores mais pobres da sociedade, eles constituem também o autoritarismo crescente do Poder Judiciário, verificado, sobretudo, na negação do direito de decidir em quem votar, após a condenação do ex-presidente Lula.

Poderíamos exaustivamente e extensamente alongar a lista de exemplos que mostram o autoritarismo e arbitrariedade de juízes e desembargadores cheios de privilégios, mas devemos ressaltar que o crescente traço bonapartista da Justiça brasileira servirá para atacar ainda mais os trabalhadores e as organizações de esquerda.

Veja Também: O judiciário e suas "grandes casas", privilégios para servir a Casa Grande e os capitalistas

 
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