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DESEMPREGO
Há 3 anos demissões superam contratações: o caminho aberto da reforma trabalhista
Jenifer Tristan
Estudante da UFABC
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Os últimos anos 3 anos no Brasil foram marcados por uma perda de vagas formais no mercado de trabalho. Em 2017 foram fechados 20.832 postos de trabalho. Ainda que comparado aos anos anteriores 2017 tenha sido o ano com menor queda a diferença entre postos de trabalho aberto e demissões os números seguem alarmantes, e com a aprovação da reforma trabalhista os postos de trabalho serão cada vez mais com subcontratações.

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    A reforma trabalhista busca reduzir os postos formais de trabalho e assim com condições precárias de trabalho, rebaixamento de salário, retirada de direitos, fazer com que os empresários e patrões lucrem mais com com a exploração da classe trabalhadora rebaixando o custo de sua mão de obra.

    O ano de 2017, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), registrou a diferença entre as contratações (14.635.899) e as de demissões (14.656.731). Esse corte de vagas significa um estoque hoje de apenas 38,29 milhoes de empregos formais no Brasil onde a população é de 207,7 milhões de brasileiros. Este é desde 2011 o ano com mais baixo numero de contratados; para fazer uma comparação no ano de 2016 haviam 38,32 milhões de pessoas com carteira assinada.

    O ministro do Trabalho substituto, Helton Youmura disse em uma nota a empresa que: "Para os padrões do Caged, esta redução em 2017 é equivalente à estabilidade do nível de emprego, confirmando os bons números do mercado na maioria dos meses do ano passado e apontando para um cenário otimista neste ano que está começando"; Mas a realidade é que no final de 2017 as demissões superaram o numero de contratações e a tendência é abrir mais postos de trabalho precário e reduzir cada vez mais as contratações com carteira assinada.

    As mulheres são as mais demitidas

    Este mesmo organismo o CAGED mostra que as demissões tem um peso ainda maior para as mulheres, que sao as primeiras na lista quando as empresas querem fazer os cortes o numero de demissão entre as mulheres superou o numero de contratações chagando a perda de 42.526 postos de trabalho.

    Ja no caso dos homens a questão se inverte o numero de contratações é maior que o de demissões, foram 21.694 mil vagas a mais do que o numero de demissões. A disparidade se expressa com o fato das mulheres negras receberem 60% do salário dos homens brancos e serem a maioria nos postos de trabalho terceirizados, subcontratos.

    Se faz urgente a luta em defesa da Igualdade salarial entre negros e brancos, homens e mulheres, alem de garantir a divisão das horas de trabalho entre as mãos disponíveis para combater o desemprego.

    Os segmentos de trabalho e as demissões no país

    A economia contra com hoje com oito seguimentos, desses 5 fecharam vagas no ano passado sendo a construção civil o mais alarmante, foram - 103,9 mil postos de trabalho, a Indústria de transformação: -19.900 empregos, a Indústria extrativa mineral: -5.868 postos formais, os Serviços Industriais de Utilidade Pública: -4.557 vagas e a Administração pública: -575 empregos.

    Já os setores que conseguiram criar postos de trabalho formais foram: Comércio +40.087, Agropecuária +37.004 vagas e o setor de Serviços com +36.945 empregos com carteira assinada.

    O Ministério do Trabalho, três das cinco regiões do país registraram mais demissões do que contratações no ano passado. O Sudeste liderou no fechamento de vagas: -76,6 mil, o Centro-Oeste que é marcado pela agropecuária foi a região que mais abriu postos formais de trabalho em 2017. Foram 36,8 mil contratações acima do número de demissões.

    Na região sudeste foram fechados -76.600 empregos, na região Nordeste -14.424 vagas e na região Norte a menos atingida com -26 empregos; Já nas regiões Centro-Oeste foram criadas +36.823 vagas de emprego e a Região Sul: +33.395.

    Entre as demissões os jovens são os mais atingidos, pois com menos experiência, se submetem a trabalhos mais precários, segue a baixo o indicie de demissões por faixa etária.

    Até 17 anos: +171.185 vagas
    18 a 24 anos: +652.734 empregos
    25 a 29 anos: -4.994 vagas
    30 a 39 anos: -187.546 empregos
    40 a 49 anos: -206.624 vagas
    50 a 64 anos: -379.930 empregos
    65 ou mais: -65.656 vagas formais

    Derrotar a reforma trabalhista e abrir caminho para o trabalho de qualidade

    O PT que pavimentou o caminho para os golpistas ja havia avançado em criar postos de trabalho terceirizados até a aprovação da reforma trabalhista e a aprovação da terceirização implementada pelo governo Temer, que busca atender os interesses dos capitalistas garantindo seus lucros e para isso buscam aumentar o nível de exploração da classe trabalhadora.

    É necessario que as centrais sindicais convoquem uma greve geral para derrubar as reformas e os golpistas que a cada dia buscam avançar na retirada de direitos, os trabalhadores e a juventude precisam estar juntos para garantir os postos de trabalho e fazer com que os capitalistas paguem pela crise.

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