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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Temer quer dar mais R$30 bilhões para deputados se reelegerem em troca de votos na Reforma
Ítalo Gimenes
Mestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN

Temer vai abrir as torneiras, dar mais pelo R$ 20 bilhões em emendas parlamentares na mão de deputados para que "invistam" em suas campanhas eleitorais com obras medidas demagógicas para a população de seus estados.

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(Foto: Jorge William/Agência O Globo/13-11-2017)

Do ano passado, somente em restos a pagar de emendas parlamentares - que podem ser destinadas por deputados federais e senadores a redutos eleitorais - e novas emendas do Orçamento deste ano são mais de R$ 20 bilhões. Somados outros R$ 10 bilhões que o governo estima economizar ainda neste ano caso a reforma da Previdência seja aprovada, e que seriam usados em obras que podem render dividendos eleitorais aos aliados neste ano, o valor da "ajudinha" de Temer pode superar R$ 30 bilhões.

Esperando gastar ao menos o dobro que já gastou no final do ano passado, fica explícito a decadência da democracia capitalista nessa atitude de Temer para tentar comprar o voto dos deputados na Reforma da Previdência. Com a Reforma Política, já havia expandido o recursos aos políticos da ordem para terem maior tranquilidade em aprovar a Reforma Trabalhista.

Os banqueiros agiotas do mercado financeiro clamam pelo dinheiro usado para pagar o direito de aposentadoria dos trabalhadores se tornar em pagamento de uma dívida que não tem nada a ver com eles. Para atendê-los ainda em fevereiro, Temer prepara essa "frente ampla" eleitoral que evidencia o papel que cumpre aos empresários a democracia capitalista.

A "democracia" degradada, ainda mais após precisar de um golpe no país para aprovar uma sequência de ataques históricos aos trabalhadores, salta aos olhos frente a acordos para aprovar a Reforma da Previdência com ajuda aos deputados na reeleição. Para asfaltarem alguma rua, finalizarem algum prédio vazio no hospital, e assim tentarem "compensar" a impopularidade vinda do ódio à Reforma da Previdência, gasta-se bilhões, enquanto a vida da população segue decadente.

A campanha pela eleição de Lula tampouco responde a esse problema, de modo que os 13 anos de governo do PT mostram como este partido está disposto (na verdade já está fazendo) alianças com que há de mais podre dessa democracia. Haja vista ter tido Meirelles como Ministro da Fazenda, ter se aliado a Cunha, a coronéis, a bancada fundamentalista, da bala e do agronegócio, e agora estar defendendo uma Reforma da Previdência voltada ao funcionalismo público.

PT provou estar disposto a governar o país nas regras dos empresários e banqueiros, inclusive apaziguar a situação. O que já vem demonstrando na sua atuação via sindicatos, com as burocracias da CUT e CTB sequer se coçando com a votação da Reforma da Previdência marcada para depois do carnaval. Deixam os trabalhadores dos seus sindicatos ao léu do calendário de Temer, assim como fez com a Reforma Trabalhista que depois foi aprovada. É preciso construir uma força anticapitalista que se enfrente nas greves e nas ruas contra os ataques dos golpistas e empresários, tal como a Argentina demonstrou ano passado, e não perdoando os golpistas e buscando reganhar a confiança da elite e do mercado, como faz o PT, através de uma nova "Carta ao povo brasileiro".

Saiba mais:

Na avaliação do Planalto, a reforma é o que falta para a construção de uma candidatura única de centro e, assim, assegurar a maior parcela de tempo no rádio e na TV e do fundo eleitoral. Nesta quinta-feira, 18, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que Temer vai condicionar a manutenção dos partidos no comando de ministérios ao apoio a um único nome na disputa pela Presidência na tentativa de isolar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT.

Dos R$ 10,74 bilhões em emendas empenhadas do ano passado, apenas R$ 2,27 bilhões foram pagos até dezembro. O restante (R$ 8,47 bilhões) é enquadrado como restos a pagar que o governo pode executar ao longo deste ano. No Orçamento de 2018, há mais R$ 11,8 bilhões autorizados para deputados e senadores. O cálculo leva em conta tanto as emendas que foram apresentadas individualmente quanto as formuladas pelas bancadas estaduais.

Com informações da Agência Estado

 
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