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EXCEÇÃO E REGRA PARA ACIDENTADOS
Mulher empurrada no trilho do Metrô sobrevive, médico não lhe dá licença e Mcdonald’s lhe dá folga após repercussão
Redação
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Matéria atualizada e expandida dia 13/01/2018 às 10:10

Jussara achou que tinha morrido. Ela foi vítima de um ataque, empurrada por um homem nos trilhos do Metrô de São Paulo. Presa entre os trilhos, relatou que viu 4 trens passar, depois de socorrida, teve que tomar 30 pontos na perna e ficou com vários hematomas por causa do ataque. Seu agressor foi preso e reponderá por tentativa de homicídio.

Veja o momento:

Jussara é casada, mãe de três filhos e trabalha, mas sua empresa parece que não se compadeceu com o ocorrido, porque não lhe deu imediatamente folga e atendimento psicologico, como revelou o Metro Jornal ela teve que ir trabalhar para pedir aos patrões da franquia da gigante multinacional McDonald’s que se compadecessem de sua situação.

Após grande repercussão na mídia, com diversos meios acompanhando a trabalhadora acidentada até seu trabalho o McDonald’s lhe deu licença e ainda procurou mostrar-se uma empresa preocupada com a saúde física e mental de seus funcionários afirmando ter colocado a disposição profissionais médicos.

Esta é mais uma demonstração de como uma medicina que se preocupa em colocar os trabalhadores rapidamente de volta a suas linhas de produção os empresários estão somente preocupados com o lucro, e estão sedentos para fazer os brasileiros trabalharem até morrer com a reforma da previdência. Às vezes, graças à repercussão negativa de que uma noticia como esta teria, fazem diferente para preservar sua imagem. Mas são exceções que confirmam a regra. O tratamento dado a Jussara difere daquele que é dado tantos outros que sofrem com LERs e DORTs.

Ao mesmo tempo, com a reforma trabalhista, querem fazer com que não haja nenhum momento para o descanso, nem pagamento de indenizações em casos de acidentes no trajeto do trabalho, tudo para tornar o trabalhador descartável e multiplicar o lucro. Ou seja, segundo a vampiresca lei atual, legalmente a empresa já não tem obrigação alguma com alguém que sofrer um acidente no ônibus indo ao trabalho.

Para os milhões de outros casos é o contrário que se espera, não encontram um apoio para que as empresas possam fazer discurso "social" na mídia. A realidade para milhões de brasileiros que se acidentam no transporte público precário e sucateado, no trânsito, em suas motocicletas, será o contrário, receberam o tratamento capitalista típico: são peças que podem ser repostas por outras peças.

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