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BELO HORIZONTE
Fortuna de Kalil por trás de financiamento ilegal de campanha em BH, acusa MPE
Silas Pereira

Em meio à carência habitacional que vive BH, as transações entre o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, sua campanha eleitoral e o prefeito mais rico do país Vittorio Medioli, deixam mais evidentes como a prefeitura de BH vem servindo aos interesses de prefeitos milionários que usam o poder público a serviço da velha política de concentrar fortunas e privilégios nas mãos de alguns magnatas.

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O prefeito de BH vendeu 35% de sua mansão por 2,2 milhões e por essa e outras transações que o prefeito belo-horizontino é alvo de quatro processos que correm na Justiça eleitoral, como vem sendo divulgado na grande mídia. Esses processos tiveram início em 2016, na prestação de contas do então nomeado. O Ministério Público Eleitoral identificou possíveis irregularidades nos documentos com todos os gastos da campanha. O Partido Humanista da Solidariedade (PHS) é o fator comum mais evidente entre Alexandre Kalil – prefeito de Belo Horizonte, e Vittorio Medioli – prefeito de Betim. Investigações do Ministério Público Estadual apontam que a empresa cujo betinense é sócio, CPC Imóveis Conservadora Ltda., comprou por R$3 milhões a mais um apartamento pertencente à família de Kalil. Formulando assim a suspeita de doação de campanha considerada ilegal.

A investigação aponta também que o prefeito da capital mineira teria simulado a venda de 35% da área do apartamento aos seus três filhos, por R$ 2,231 milhões, durante a campanha em outubro de 2016. Logo após o valor foi depositado em sua conta de campanha. Consequentemente, seus filhos o revenderam à empresa do seu colega de partido por R$ 5,231 milhões. Sendo que a mesma área foi apresentada na prestação de contas com o valor de R$291.468,58 reais

O valor que permitiu as proles de Kalil efetuarem a compra teria vindo de um terceiro, além da empresa citada acima o Grupo SADA – sob administração do empresário e prefeito da cidade vizinha. O que demonstra possíveis irregularidades tanto contra a ligação partidária de ambos os prefeitos, quanto a provável doação de empresas para campanha financeira o que é proibido desde 2015. A defesa de Kalil alega que todas as contas foram corretamente prestadas.

A Política Habitacional da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) caminha a lentos passos para combater o déficit habitacional. O ritmo de construção de imóveis, para reassentamento de famílias em situação precária e novas moradias para sem teto, considerando que a população não cresça, levaria pelo menos um século para "zerar" o déficit. Assim, enquanto existem 123 mil famílias sem teto em BH, pelos dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), as transações milionárias de mansões e áreas de luxo é a cara do prefeito Kalil.

A miséria da falta de habitação é o que sustenta as mansões dos patrões como Kalil. Sejamos milhares de vozes anticapitalistas lutando por planos de obras públicas para construir moradias para todos, financiadas pelo fim do pagamento da dívida pública e os impostos às grandes fortunas dos patrões que moram nessas mansões e apartamentos de luxo.

 
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