Além de mais um calote no 13º, impondo aos trabalhadores que tirassem empréstimos no Banrisul, o governo depositou indenizações miseráveis aos servidores pelos mais de 20 meses de parcelamentos de salários. Os valores variavam entre R$20 e absurdos R$7!
Enquanto isso nas escolas o governo busca impor um abusivo calendário de recuperação de aulas, decidido sem participação de professores e alunos, enquanto as Coordenarias Regionais de Educação (CREs) e as direções das escolas perseguem grevistas, sobretudo os contratados. A não demissão dos contratados foi uma conquista da greve, a maior mobilização da categoria nos últimos anos. Porém, na impossibilidade de demitir o setor mais precarizado da categoria, o governo persegue os trabalhadores.
São inúmeros os relatos que circulam nas redes sociais sobre essa política do governo e das direções de escola. Professores relatam as direções dispensando grevistas, colocando-os à disposição da Secretaria de Educação. Os que mais sofrem com isso são, mais uma vez, os contratados que, com o novo ano letivo que se aproxima terão seus contratos vencidos e muitos devem ficar sem emprego.
O calendário de recuperação de aulas imposto pelo governo também é tema de debate e insatisfação entre os trabalhadores. Segundo o calendário, professores e estudantes ficarão praticamente sem férias, em escolas sucateadas que não têm estrutura alguma para ocorrer aulas em pelo clima escaldante de janeiro e fevereiro. Essa é uma medida que busca colocar alunos e pais contra os professores grevistas, investindo contra uma das grandes forças desta greve: o apoio da população.
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