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CENSURA
Proibição de discussão de gênero e sexualidade e Escola Sem Partido no interior do RN
Marie Castañeda
Estudante de Ciências Sociais na UFRN
Lara Agra
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O Instituto Felipe Camarão é uma instituição reacionária que organiza encontros de temática monárquica e se reivindicam defensores dos mesmos ideais que Felipe Camarão: vida, liberdade, propriedade e a fé cristã do maior nome do Nordeste brasileiro. Estes organizaram a exibição do filme sobre Olavo de Carvalho na UFRN, ocasião em que acionaram a Polícia Militar para serem defendidos, e palestras com Marisa Lobo, uma das principais defensoras da patologização das LGBTs.

Em aliança com reacionários políticos do Estado e em consonância com ao Projeto de lei apresentado pelo Deputado Albert Dickson (PROS) para proibir a discussão de gênero e sexualidade em todo o Rio Grande do Norte, os primeiros dias de dezembro foram de aprovação contundente de textos exatamente iguais como projetos de lei municipais em Apodi, para qual João Evangelista (PR) esteve à frente e em Pau dos Ferros, onde Hugo Alexandre dos Santos (PTN) e Francisco de Assis Monteiro (PDT) estiveram à frente. Em Sousa, na Paraíba, foi aprovado o mesmo projeto.

As leis instituem que “Fica proibida na grade curricular da rede municipal de ensino e da rede privada a disciplina Ideologia de gênero bem como toda e qualquer disciplina que tente orientar a sexualidade dos alunos ou que tente extinguir o gênero masculino ou feminino como gênero humano”.

Para João Evangelista o objetivo é “preservar as crianças”, porque para estes políticos reacionários e golpistas o que ameaça a integridade das crianças não são os ataques cada vez maiores às condições de vida dos trabalhadores ou a proibição de tratar temas que são concretos e reais na vida destes, como a questão da mulher, da sexualidade e do racismo. Afinal, para que seria importante debater a violência contra a mulher no estado que ocupa o 5º lugar no ranking nacional ou tratar da sexualidade e do gênero no 3º colocado em assassinatos de LGBTs.

A importância deste debate presente nas escolas não se dá apenas externamente, posto que é uma realidade vivida, mas também porque existe dentro da própria escola e assim, se dá como demanda dos próprios alunos. Não existe debate interno em sala de aula que transforme automaticamente um aluno ou uma aluna em homossexual ou algo da infinidade por trás da sigla LGBT, mas sim possibilitar uma compreensão não carregada de ódio em defesa da família para garantir a propriedade privada.

É urgente que se arme um forte movimento de mulheres no Rio Grande do Norte, na Paraíba e em todo o Nordeste, para fazer frente à estes golpistas e reacionários que querem proibir até mesmo o direito de discutir nossa própria realidade. Vivemos um momento de crise econômica e política em que direitos são atacados através de reformas e leis que se dizem em nome da defesa da família e da retomada do “crescimento” do país. Por isso chamamos todas a conhecerem e se organizarem no Pão e Rosas, um grupo de mulheres anticapitalistas e socialistas que querem acabar com o patriarcado e o capitalismo lado a lado com os homens, de maneira independente do PT, para lutar por real emancipação das mulheres e de toda a humanidade.

 
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