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OPERADORAS TEFÔNICAS
Novo golpe das operadoras de celular tem como alvo as vítimas de assalto
Jean Barroso

No capitalismo tudo vira oportunidade de lucrar, e quem melhor sabe disso no Brasil são as operadoras de telefonia móvel (celulares).

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No capitalismo tudo vira oportunidade de lucrar, e quem melhor sabe disso no Brasil são as operadoras de telefonia móvel (celulares). A mais nova forma de ganhar dinheiro tem como alvo aqueles clientes de telefones pré-pago que foram vítimas de roubo ou que perderam o aparelho e precisam resgatar seu número.

Ao chegar em uma loja credenciada para tentar fazer a operação de resgate do número antigo, o cliente é informado de que é impossível fazer o resgate naquela loja. A explicação para isso pode variar, a loja pode não ter um chip "virgem" para realizar o resgate, ou então o atendente não tem acesso ao desbloqueio do aparelho através de seu computador.

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Em seguida fica claro a origem da dificuldade: um plano pós-pago é ofertado, como maneira de "acelerar" o acesso ao número antigo. O cliente pode escolher entre procurar outra loja e tentar o resgate, ou ingressar em um que varia do "plano controle" no valor de R$ 54,90, até mais caros de R$ 89,90; e de repente um atendimento em busca de um serviço se transforma rapidamente em uma oferta de venda.

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A responsabilidade, claramente, é da empresa que passa estas orientações, e exige uma cota de vendas mensal, especialmente maior no Natal, oferecendo bônus aos atendentes que mais conseguirem vender produtos. A lógica, claro, não é prestar o serviço e sim maximizar os lucros. Os trabalhadores, por sua vez, são pressionados pela competição por um lado, e por outro estão sempre sob a ameaça de demissões e recontratações precárias através da reforma trabalhista. Tem escolhas opções nada simples: enganar o cliente ou se organizar para lutar contra o patrão.

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O ladrão profissional não é quem pratica o roubo de um celular porque não aceitou trabalhar em um emprego precarizado e ganha um dinheiro honesto (porém, curto), ou mesmo ter uma vida de pobreza fruto do desemprego. São estas empresas que ganharam de presente todas as telefônicas que foram privatizadas, e para ter acesso ao serviço é preciso se curvar à todo tipo de extorsão e golpe das redes de Telefonia exercidas contra os clientes, os trabalhadores, enquanto o próprio estado isenta estas empresas de pagar impostos. A única solução é a re-estatização de todas telefônicas sob controle dos trabalhadores.

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