Com o regime de chuvas que assola cidades da zona da mata mineira, pelo menos 6 cidades amanheceram com situações de enchentes.

Situação mais crítica é na região do município de Rio Casca, onde moradores estão ilhados, com partes da cidade ainda enlamaçadas e com desabamento parcial de uma ponte, além de 3 pessoas mortas e 4 desaparecidas.

Com os acontecimentos atuais, nada mais usual que adotar o senso comum de mais um desastre natural, entretanto o mês de dezembro é considerado um mês chuvoso, especialmente no estado de Minas, onde em 2011 bateu recordes de chuva centenários. Então deve se pensar como essas tragédias continuam a acontecer por todo país, e esta mais que claro pela repetição de ano após ano, que esse não é um problema apenas meteorológico mas principalmente social.

“Na verdade são muito poucos os problemas brasileiros que podem ser considerados realmente desastres naturais, ou seja, provocados exclusivamente pela própria natureza”, diz Álvaro Rodrigues dos Santos, geólogo e ex-diretor do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo.

Com o descaso dos governos, que não estão à serviço da população e sim dos empresários e seus lucros, diversos fatores são esquecidos pelas respectivas administrações para prevenir tais tragédias, como ocupações desordenadas e a falta de planejamento urbano, que atingem principalmente os trabalhadores e setores populares da sociedade, sem renda suficiente, residem em áreas como encostas e margens de rios, marginalizados por esse sistema predatório, são os primeiros a sofrerem com o aumento do nível de rios e regimes de fortes chuvas.

Fonte: Nexo Jornal/Folha