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PRIVILÉGIOS SEM CRISE
Em meio à crise, Alerj faz licitação de R$ 180 mil para bancar viagens de deputados
Rafael Reis

Sem previsão para pagar os servidores e afundado numa crise política e econômica, o governo vem mantendo a população fluminense numa situação calamitosa.

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Enquanto isso, totalmente alheia a realidade do estado e dissonante do discurso de austeridade vendido aos cariocas, a Alerj abre licitação no valor de R$ 180 mil para garantir viagens de deputados. O contrato tem previsão de duração de 12 meses e a empresa vencedora fornecerá passagens para voos domésticos e internacionais. Entretanto, a farra com o dinheiro público promovido pelo governo PMDB não é inédita, alguns meses atrás o governador do estado, Luiz Fernando Pezão, tentou abrir licitação de jatinho particular no valor que ultrapassava a casa dos 2 milhões de reais.

É importante lembrar que o atual quadro de deputados do estado do Rio de Janeiro tem várias figuras envolvidas em escândalos de corrupção e, o próprio presidente da casa – Jorge Picciani –, chegou a ser preso, mas liberado no dia seguinte pela própria assembleia legislativa.

Apesar de alegar que a licitação faz parte de uma despesa necessária para a manutenção das atividades dos funcionários da casa – leia deputados e suas famílias –, tal ação vai de encontro a postura dos deputados e do governo, cuja postura tem sido de alegar que o estado está falido e precisa de reformas que lesam a população, seja pelo aumento da contribuição previdenciária como pela privatização de estatais como a CEDAE. Ou seja, os próprios defensores do discurso de austeridade, não o aplicam as suas próprias regalias.

Mais uma vez a casta política, encastelada e protegida pelas benesses dos seus cargos mostra que, apesar de realizar cortes de efeitos incomensuráveis nas áreas de saúde e educação, atrasar salários dos servidores e deixar o estado numa sangria, os seus privilégios estão garantidos. Por outro lado, o discurso da crise é meticulosamente articulado e propagado pela mídia – aliada aos interesses políticos –, para empurrar os seus efeitos para o elo mais fraco do capitalismo, os trabalhadores.

 
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