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CONTRA A HERANÇA RACISTA
Estudantes do 5° ano exigem mudança de nome de rua que homenageia traficante de escravos
Redação
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Tudo começou com um trabalho escolar da turma de 5° ano da Escola Municipal Myrian Terezinha Wichroski Millbourn sobre a história de algumas ruas da cidade do Guarujá, no litoral paulista, onde fica a escola. O projeto, chamado "Se essa rua fosse minha", proposto pela professora Ademara Aparecida Jesus Santos, levou as crianças a pesquisarem a história de vida de Valêncio Augusto Teixeira Leomil, que foi homenageado com o nome de uma das principais avenidas da cidade, a Avenida Leomil.

O que os alunos descobriram foi que Leomil enriqueceu com o tráfico de escravos, que ele realizava inclusive após a tardia abolição da escravidão no Brasil. Era um grande proprietário, possuindo uma extensão imensa de terra em Santos e Guarujá. Além disso, para encobrir seu uso e tráfico ilegal de mão de obra escrava, Leomil assassinou um marinheiro inglês que iria denunciá-lo.

As crianças decidiram que não iriam aceitar a homenagem ao escravista, realizaram um ato e coletaram mais de 300 assinaturas em um abaixo-assinado pela mudança do nome da rua, que foi encaminhado para a Câmara dos Vereadores. O pedido de mudança dos estudantes se baseia na lei federal 6.454/77, que diz: “É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que tenha se notabilizado pela defesa ou exploração de mão de obra escrava, em qualquer modalidade, a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas jurídicas da administração indireta”.

“Se essa rua, se essa rua fosse minha/ eu mandava, eu mandava o nome trocar/ para o dia 20 de novembro/ pois Leomil não fez bem para o nosso Guarujá/ Essa rua, essa rua tem uma história/ que se chama, que se chama escravidão/ Dentro dela, dentro dela tem um homem, que traficava pessoas e era uma multidão/ Se eu trocar, se eu trocar, Valêncio Augusto Teixeira Leomil não nos representará/ pois o dia da consciência negra/ é o que mais nos honrará”

  •  versão da cantiga popular feita pelos alunos da escola.

    Veja abaixo matéria feita pela Record em que alguns dos alunos e também a professora falam sobre o caso:

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