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BRT RIO DE JANEIRO
Milionária BRT não quer atender os mais pobres e Crivella é cúmplice da empresa
Redação Rio de Janeiro
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A milionária empresa de Bus Rapid Transit - BRT do Rio de Janeiro está ameaçando romper o contrato de licitação com a prefeitura do Rio de Janeiro, e não quer mais fazer o trajeto do BRT Transoeste que vai até as áreas mais pobres da Zona Oeste. Ao invés de obrigar judicialmente a empresa a transportar os trabalhadores desta região, o prefeito-bispo Crivella está fingindo que nada disso está acontecendo. Mais uma demonstração de que os empresários do transporte tem a prefeitura no bolso como era na época de Eduardo Paes.

Ocorre que a licitação obriga a empresa a fazer este trajeto da Barra até Santa Cruz, mas a empresa está alegando que há "depredações" nas estações e há "calotes" dos passageiros. Talvez se a empresa não mantivesse a maioria dos seus carros estacionados nas garagens, estratégia dos empresários do transporte para utilizar o número mínimo de carros possível, transformando o BRT em uma verdadeira lata de sardinha ou melhor dizendo, um "depósito de gente", o risco de supostas "depredações" seria bem menor.

A empresa ameaça fechar cerca de 22 estações que transportam cerca de 135 mil passageiros. A Secretaria Municipal dos Transportes Rodoviários anunciou que, caso ocorra, a empresa será "notificada e autuada". Ou seja, enquanto a prefeitura mandar "notificações" para as 11 empresas que formam este consórcio, os trabalhadores ficam refém de um transporte precário já que os ônibus foram retirados quando houve a implantação do BRT.

Os lucros são estratosféricos da empresa que "ganhou" a licitação de Eduardo Paes, investigado na operação Rio 40 Graus pelo Ministério Público por suspeita de favorecer as empresas do consórcio Transcarioca. Se 135 mil atravessam o corredor Transoeste diariamente neste caro transporte, significa que R$ 918 mil reais entram diariamente na ida e volta dos trabalhadores da Zona Oeste usando o transporte.

Além disso, para facilitar ainda mais a vida dos corruptos empresários do transporte do Rio de Janeiro, a Câmara Municipal aprovou uma lei que multa aqueles que deem o "calote" no transporte sendo obrigados a ressarcir a empresa no valor de R$ 170,00. Ou seja, caso uma pessoa seja pobre e porventura precise de utilizar o transporte, tenha o Rio Card bloqueado arbitrariamente pela prefeitura ou pelo estado do Rio, a empresa tem o direito de lhe cobrar estes R$ 170 reais.

São muitos benefícios aos empresários do transporte, que na gestão de Crivella receberam R$ 71 milhões em isenções fiscais, e muitos ataques contra o povo pobre. Estas empresas é que deveriam receber uma "multa" por tratar o povo do rio como gado em seus ônibus: todo transporte deveria ser estatizado e controlado pelos trabalhadores e usuários.

 
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