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RIO GRANDE DO SUL
A luta contra a PEC 181 também é das professoras e municipárias em greve
Valéria Muller
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Por todo o país ocorrerão atos contra a PEC 181 que criminaliza o aborto em todos os casos, inclusive em casos de estupro. Em Porto Alegre o ato vai iniciar às 18h, na Esquina Democrática, e fazemos um chamado a todas as professoras, educadoras e servidoras em greve na cidade e no estado do Rio Grande do Sul para marchar contra esse ataque absurdo às mulheres. Já somos algumas milhares confirmadas no evento do facebook e temos que ocupar as ruas para barrar este ataque!.

As educadoras do estado, maioria esmagadora da categoria, protagonizam uma histórica greve contra Sartori e seus ataques há mais de dois meses. Inúmeras trabalhadoras municipárias da capital estão em greve contra os ataques de Marchezan. São greves importantíssimas que se enfrentam contra uma série de ajustes que visa descarregar a crise econômica nas costas dos trabalhadores, e quem acaba sentindo de maneira mais forte essa crise são justamente as mulheres e os setores oprimidos. Por isso dizemos que essa greve deve se embandeirar também da luta contra a PEC 181, que ela é uma luta das municipárias de Porto Alegre e das educadoras do estado.

O CPERS e o SIMPA, sindicatos que representam as categorias em greve, devem fazer um grande chamado às mulheres e ao conjunto dos trabalhadores a participarem dessa marcha. É fundamental que ele seja incorporado nos calendários e atividades das greves.

Como se não bastasse, uma porção de deputados se sentiram no direito de avançar contra o direito ao corpo da mulher criminalizando aborto em todos os casos, inclusive estupro. Atualmente a lei prevê que o aborto pode ser feito no Brasil caso a mulher tenha sido estuprada, tenha risco de vida ou em caso de anencefalia fetal. Ou seja, caso a PEC seja aprovada, uma mulher que esteja morrendo graças à gravidez será obrigada a dar continuidade à gestação. É um ataque sem tamanho que atenta à saúde da mulher e à liberdade de seu corpo.

O aborto é hoje a 5ª causa de morte materna no país. Estima-se que cerca de um milhão de mulheres no Brasil realizem o aborto de forma clandestina. Uma em cada 5 mulheres em período fértil já praticou ou vai praticar o aborto. Todos os anos 250 mil mulheres são internadas em hospitais brasileiros por causa de abortos realizados de forma insegura e precária. Quando não morrem, ficam com sequelas no sistema reprodutor. De acordo com dados do Ministério da Saúde 4 mulheres morrem por dia vítimas de complicações de abortos provocados. Hipocritamente, os ditos defensores da vida pouco se preocupam com a vida das mulheres.

É preciso um grande movimento de mulheres para barrar a PEC 181 e avançar pela legalização do aborto. Conquistar o direito ao aborto é uma tarefa urgente, pois milhares de mulheres continuam morrendo por abortos clandestinos. Precisamos levantar com toda força a um programa que garanta educação sexual nas escolas para decidir; contraceptivos para não engravidar e aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!

Veja a declaração do grupo de mulheres Pão e Rosas : Precisamos lutar pelo direito ao aborto! PEC 181 não!

 
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