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CASA GRANDE
MBL chama a Riachuelo que usa trabalho escravo para falar de reforma trabalhista
Daniel Andrade

Depois de colocar Eduardo Cunha como prócer do combate a corrupção agora MBL tem novo herói para falar de relações de trabalho e economia "livre": o empresário Flávio Rocha, acusado de usar trabalho escravo nas confecções da Riachuelo.

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O MBL realizou nesse final de semana seu Congresso no luxuoso World Trade Center de São Paulo. Entre diversas palestras coube a Flávio Rocha, dono da Riachuelo, e condenado por uso de trabalho escravo nas linhas de produção de sua marca, coube a ele palestrar sobre a "liberdade" conquistada com a reforma trabalhista.

O empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, defendeu neste sábado a reforma trabalhista como passo importante para o Brasil melhorar a competitividade e conseguir subir nos rankings internacionais sobre a facilidade de se fazer negócios. Como país que mais teve negros sequestrados para serem forçados a trabalhar como escravos, a liberdade que clama Rocha é aquela que formou sua fortuna e de boa parte da elite nacional, a liberdade de escravizar e a liberdade de enviar ao pelourinho.

Flávio Rocha já foi condenado pelo uso de trabalho escravo, mas esta condenação não lhe rendeu nenhum ostracismo, muito pelo contrário a mídia o convida frequentemente para opinar sobre algum tema e com seus parceiros "liberais" do MBL sente-se em casa. O MBL já organizou até manifestação em apoio ao escravocrata.

Em casa Rocha disse a Kataguiri, Holiday e demais congressistas: "Quando falta crença na soberania suprema do mercado permanece a hiper-regulação". Realmente, deve ser um grande fardo o excesso de regulamentação do país, especialmente a Lei Áurea.

Em sua apresentação, Rocha falou das acusações de trabalho escravo destacando como este tipo de litígio só contribui para dificultar a geração de empregos, a plateia o aplaudiu.

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Com palestras como a de Flávio Rocha o Congresso do MBL mostra mais que seus planos eleitorais para 2018 mas como crescentemente o movimento direitista esta se tornando um movimento que é a cara da elite do Brasil: herdeiro e laudatório da escravidão.

 
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