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MILÍCIA
Assembleia Legislativa do Rio recebe uma família expulsa por milicianos a cada 20 dias
Redação

Quase 60% dos casos foram na Zona Oeste, mas também há relatos de expulsões na Zona Norte e na Baixada Fluminense.

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No primeiro semestre de 2017, a cada 20 dias, uma família expulsa de casa por milicianos procurou a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Quase 60% dos casos foram na Zona Oeste, mas também há relatos de expulsões na Zona Norte e na Baixada Fluminense. Em todos, as vítimas afirmam não poder pagar taxas ou dizem ter sido expulsas após disputas por terrenos ou imóveis.

Em entrevista ao Extra (aqui), um comerciante deu um exemplo de como atuam os grupos para-militares: "Desde 2015, quando recebi o terreno de herança, os milicianos me procuraram e começaram a me pressionar. Primeiro queriam que eu pagasse uma taxa pela venda. Depois, já que não consegui vender, passaram a cobrar uma taxa mensal. Eles já tiraram muito dinheiro de mim, não tenho mais nada. Por isso tive que abandonar tudo."

Segundo o Extra na ocasião, ele veio ao Rio visitar a filha e a mulher. Ficou um dia e voltou, de ônibus, para o estado onde está morando, que prefere não revelar por medo. Além da Alerj, ele procurou a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), que investiga o caso.

Fonte: Extra

Em setembro, a Polícia Civil e o Ministério Público fizeram uma operação para cumprir 11 mandados de prisão contra milicianos que estão em guerra na Baixada Fluminense. Os criminosos disputam pontos de venda de botijões de gás.

Em outro caso, sem dinheiro para pagar a taxa de R$ 80 mil cobrada por uma milícia pela venda de um terreno que recebeu de herança, um comerciante de 36 anos deixou sua mulher e a filha recém-nascida com parentes e fugiu de casa, na Zona Oeste do Rio. Dormiu dois dias na Rodoviária Novo Rio até conseguir dinheiro para deixar o estado, em maio.

Para o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, o número de famílias expulsas prova o crescimento silencioso das milícias no Rio. “Pelos atendimentos que fazemos na comissão, temos um termômetro que mostra que a milícia não arrefeceu. Pelo contrário, continua se expandindo. E isso acontece porque não há interesse político em combatê-la”, diz o deputado. Para Freixo, o programa de proteção à testemunha, que seria importante para a investigação desses grupos, foi “sucateado”.

É preciso dar uma saída de fundo para o problema da milícia, que passa por não só reconhecer o problema e ter vontade politica se faz necessário um combate efetivo contra as praticas de abuso da policia, pelo fim dos autos de resistência e dos tribunais militares na perspectiva de haver justiça de fato para quem sofre de tais abusos, umbilicalmente ligado a pratica miliciana. Os corruptos e grandes empresários devem pagar pela crise que eles mesmos criaram, só assim podemos dar uma resposta que de fato vá contra seus interesses, são eles que estão por detrás do estado responsável pela falta de recursos e condições de moradia que possibilitam a entrada desses grupos para-militares nos locais mais precarizados.

Fonte da Foto: The New Daily

 
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